São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009 |
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TRECHO A arquitetura brasileira nasceu como uma bela criança, que não sabemos por que nasceu bonita, mas que devemos em seguida educá-la, curá-la, encaminhá-la, seguir sua evolução; houve o milagre do nascimento, a diretriz, a continuação da vida. A arquitetura contemporânea brasileira não provém da arquitetura dos jesuítas, mas do "pau a pique" do homem solitário, que trabalhosamente cortara os galhos na floresta, provém da casa do "seringueiro", com seu soalho de troncos e o telhados de capim, é aludida, também ressonante, mas possui, em sua resolução furiosa de fazer, uma soberbia e uma poesia, que são a soberbia e a poesia do homem do sertão, que não conhece as grandes cidades da civilização e os museus, que não possui a herança de milênios, mas suas realizações -cuja concretização foi somente possível por essa soberbia esquiva- fazem deter o homem que vem de país de cultura antiga. Extraído de "Lina por Escrito"
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