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FESTIVAL DO RIO 99
Whitaker inaugura maratona de 400 filmes
RONALDO SOARES
da Sucursal do Rio
O ator Forest Whitaker deve
chegar hoje ao Rio para abrir a
maratona cinematográfica "Festival do Rio 99", mostra que exibirá
mais de 400 produções internacionais até o final do mês.
Whitaker será o principal astro
da noite de abertura do evento,
marcada para o cinema Odeon,
no centro. Construída na década
de 20, a sala havia sido fechada no
primeiro semestre e foi reformada para ser a sede do festival.
O ator está no elenco de "Ghost
Dog - The Way of the Samurai",
mais recente filme de Jim Jarmusch, em que Whitaker vive um
matador de aluguel.
O "Festival do Rio" é a fusão de
duas mostras cinematográficas
que eram realizadas regularmente nos últimos dez anos, a "MostraRio" e o "RioCine Festival".
O evento vai ocupar 30 salas
-o maior circuito já atingido por
um festival no Rio.
A fusão não modificou a característica original das mostras anteriores, que eram dedicadas aos
chamados filmes de arte, de linguagem diferente dos padrões das
produções hollywoodianas.
Embora tenha concentrado
mais de quatro centenas de atrações em 14 dias -abre para o público amanhã e vai até o dia 30-,
o festival tem o objetivo de ser
uma oportunidade para o cinéfilo
conferir produções internacionais que ficam pouco tempo no
circuito comercial, que demoram
a chegar ao Brasil ou que simplesmente não chegam.
A maior parte dos filmes selecionados -cerca de 90%- é inédita no país. O festival é dividido
em oito mostras, cada uma enfocando um tema específico.
Os filmes mais badalados da
programação estão no "Panorama do Cinema Mundial", destinada a cineastas consagrados, na
qual estão listados "Tudo sobre
Minha Mãe", de Almodóvar, "A
Fortuna de Cookie", de Robert
Alman, "My Name Is Joe", de Ken
Loach, e "Goya", de Carlos Saura.
Mas há boas surpresas em outras mostras, como a "Expectativa
99", voltada para novos cineastas.
É o caso de "A Bruxa de Blair",
mais recente fenômeno independente norte-americano.
Na "Semana Internacional da
Crítica de Cannes", o público poderá ver o elogiado "Ninguém Escreve ao Coronel", do mexicano
Arturo Ripstein, que foi o único
concorrente latino-americano à
Palma de Ouro deste ano.
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