São Paulo, Quinta-feira, 16 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FESTIVAL DO RIO 99

Whitaker inaugura maratona de 400 filmes


RONALDO SOARES
da Sucursal do Rio



O ator Forest Whitaker deve chegar hoje ao Rio para abrir a maratona cinematográfica "Festival do Rio 99", mostra que exibirá mais de 400 produções internacionais até o final do mês.
Whitaker será o principal astro da noite de abertura do evento, marcada para o cinema Odeon, no centro. Construída na década de 20, a sala havia sido fechada no primeiro semestre e foi reformada para ser a sede do festival.
O ator está no elenco de "Ghost Dog - The Way of the Samurai", mais recente filme de Jim Jarmusch, em que Whitaker vive um matador de aluguel.
O "Festival do Rio" é a fusão de duas mostras cinematográficas que eram realizadas regularmente nos últimos dez anos, a "MostraRio" e o "RioCine Festival".
O evento vai ocupar 30 salas -o maior circuito já atingido por um festival no Rio.
A fusão não modificou a característica original das mostras anteriores, que eram dedicadas aos chamados filmes de arte, de linguagem diferente dos padrões das produções hollywoodianas.
Embora tenha concentrado mais de quatro centenas de atrações em 14 dias -abre para o público amanhã e vai até o dia 30-, o festival tem o objetivo de ser uma oportunidade para o cinéfilo conferir produções internacionais que ficam pouco tempo no circuito comercial, que demoram a chegar ao Brasil ou que simplesmente não chegam.
A maior parte dos filmes selecionados -cerca de 90%- é inédita no país. O festival é dividido em oito mostras, cada uma enfocando um tema específico.
Os filmes mais badalados da programação estão no "Panorama do Cinema Mundial", destinada a cineastas consagrados, na qual estão listados "Tudo sobre Minha Mãe", de Almodóvar, "A Fortuna de Cookie", de Robert Alman, "My Name Is Joe", de Ken Loach, e "Goya", de Carlos Saura.
Mas há boas surpresas em outras mostras, como a "Expectativa 99", voltada para novos cineastas. É o caso de "A Bruxa de Blair", mais recente fenômeno independente norte-americano.
Na "Semana Internacional da Crítica de Cannes", o público poderá ver o elogiado "Ninguém Escreve ao Coronel", do mexicano Arturo Ripstein, que foi o único concorrente latino-americano à Palma de Ouro deste ano.


Texto Anterior: Contardo Calligaris: Timor e as hesitações do sujeito moderno
Próximo Texto: Análise: A revanche do cinema de autor
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.