FERNANDO EICHEBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA EM PARIS

A estréia de Madonna no mundo da literatura infantil ocorreu ontem, em Paris, no melhor estilo de uma megaestrela.
Para marcar o lançamento mundial de seu primeiro livro escrito para crianças, "As Rosas Inglesas", a ex-Material Girl concedeu uma entrevista para mais de 250 jornalistas da imprensa internacional num dos salões do suntuoso Hotel Ritz, na Place Vendôme, na capital francesa. Depois participou de um "garden-party" na sede da editora Gallimard.
O livro conta a história da amizade de quatro meninas de 11 anos, em Londres, inspirado no tema da inveja. "Quando eu era criança, tinha inveja das crianças que tinham mães. A falta de amor maternal me fez sentir abandonada, conhecer a mais profunda das tristezas, e me tornei uma sobrevivente", disse a cantora-escritora, que perdeu sua mãe quando tinha apenas seis anos de idade.
Entre seu livro "Sex", de 1992, e o conto infantil, ela revelou que muita coisa mudou na sua forma de encarar a vida e ela mesma: "Quando fiz "Sex", queria ultrapassar barreiras, questionar a sociedade, me mostrar, pensava muito em mim. Esse livro, agora, não escrevi para ser mais célebre, mais rica, ou porque era algo cool, mas, sim, para poder partilhar coisas com as crianças, e isso me fez muito bem." Ao decidir doar todo o lucro obtido com a venda do livro para a instituição de caridade infantil The Spirituality for Kids Foundation, ela disse ter se liberado na hora da criação: "Sentei diante do meu computador e escrevi. A coisa mais divertida e criativa para mim foi escrever esse livro", disse. "As Rosas Inglesas" é o primeiro de uma série de cinco livros infantis escritos por Madonna. O próximo título, "As Maçãs do Sr. Peabody", com lançamento previsto para 10 de novembro, será, segundo ela, exclusivamente dedicado aos meninos.


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