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Art Brut procura romper com o passado
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Eddie Argos costuma ser
comparado a Mark E. Smith
(vocalista do Fall), Jarvis Cocker (Pulp) e Morrissey. Ele dispensa as referências.
"Mark E. Smith é um lixo,
Jarvis Cocker é ok. Gosto mesmo do estilo de Mike Skinner,
do Streets", diz ele, em entrevista à Folha, por telefone.
Para Eddie Argos, não importa que Mark E. Smith, autor
de canções como "Totally Wired", seja um dos mais cultuados observadores do pós-punk
britânico, não importa que
Morrissey seja uma instituição
-importa, por outro lado, promover uma ruptura com o estabelecido, coisa que ele procura fazer com sua banda, Art
Brut, atração do festival Motomix, que acontece hoje em SP.
O disco de estréia do Art
Brut, "Bang Bang Rock & Roll",
recém-lançado no Brasil, é tomado por canções em que Argos nos conta como a cultura
popular não mexe com ele
("Bad Weekend"), como seu irmão caçula foi afetado pelo
rock ("My Little Brother") e dá
seus pitacos sobre arte moderna (em... "Modern Art"). Tudo
isso no meio de um rock de estética suja, rápida -muitas vezes rotulada como "art punk".
New Order?
Peter Hook é baixista do New
Order. Neste Motomix, ele se
apresenta sozinho, como DJ.
"É um set variado. Tenho 30
anos de carreira, então toco
músicas daquela época e de
agora", contou por telefone à
Folha, ontem, após almoçar.
Ele diz que não "estará sozinho" no Motomix. "Sou fã do
Franz Ferdinand e conheço
Andrew Weatherall há muito
tempo." Sobre seu set, diz que
haverá canções do New Order.
"Antes não gostava de tocar
essas músicas, achava que seria
meio idiota. Mas percebi que
muita gente vai me assistir porque eu sou do New Order, então
passei a tocar algumas coisas."
Bem menos popular do que
Peter Hook, o também inglês
Adam Freeland, que se apresenta na tenda dance do festival, é conhecido no universo do
breakbeat como um dos expoentes do gênero.
"Estou tocando bastante
electro com influência de
rock", avisa. "Mas ainda há faixas de breaks e house. O segredo é manter a energia na pista,
assim o público não se preocupa com o que está tocando, se é
rock, house, breaks..."
Energia é algo que deve ser
sentido no show da dupla norte-americana de electro Adult.,
formada por Nicola Kuperus e
seu marido, Adam Lee Miller.
"As pessoas normalmente
nos adoram ou nos odeiam.
Não há meio termo", afirma
Kuperus. "E é difícil dizer se somos uma banda de rock ou de
eletrônica."
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