DA REPORTAGEM LOCAL

Menos badalada como "movimento" modernista do que a pintura e a literatura, a música dos acólitos de Mário e Oswald de Andrade tem atenção especial na "Caixa Modernista".
Um CD encartado reúne o maior número de "inéditos" do projeto. Coordenado por José Miguel Wisnik e Cacá Machado, o CD tem composições nunca gravadas, como "Melodia da Montanha", de Heitor Villa-Lobos (o maioral da turma), ou registradas só em formatos como 78 rotações, caso de "Escovado", do pré-moderno Ernesto Nazareth.
"O CD é centrado em Villa-Lobos, mas quisemos dar espaço para outro projeto de modernismo, o de Francisco Mignone e Camargo Guarnieri", diz Machado.
Outra "contraposição" ao compositor de "Bachianas Brasileiras" é uma faixa menos ortodoxamente modernista, "História do Brasil", de Lamartine Babo, incluída no CD como contraponto irônico ao "Descobrimento do Brasil", de Villa-Lobos.
Entre as outras guloseimas do disco, estão uma versão de "Saudades do Brasil", de Darius Milhaud, e "Yara", de Anacleto de Medeiros, o elemento mais antigo da "Caixa", de 1880. (CEM)


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