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DESIGN
Quarta edição do evento, aberta para todos os designers do país, inclui categoria para mídia eletrônica
Bienal gráfica está mais democrática
FERNANDO OLIVA
da Redação
Mais democrática e,sobretudo,
modernizada, a Bienal de Design
Gráfico deste ano abriu a participação para todos os designers do
país e criou uma categoria exclusiva para mídia eletrônica.
A partir de 3 de março, o Sesc
Pompéia expõe 186 trabalhos, divididos em nove categorias. Mais
de 1.500 foram inscritos, desde
cartazes, catálogos de moda e capas (livros, jornais, CDs) até embalagens e projetos de identidade
visual para cinemas e restaurantes.
Até o ano passado, o evento era
fechado para sócios da ADG (Associação dos Designers Gráficos),
promotora da Bienal, sediada em
São Paulo. Agora, com a abertura
desta quarta edição, o número de
inscritos foi oito vezes maior.
Com o crescimento de projetos
gráficos para sites na Internet e para CD-ROMs, foi constituído um
juri exclusivo para a categoria com
especialistas da área.
De acordo com Ricardo Ohtake,
um dos diretores da ADG e integrante do júri, apesar da quantidade de participantes, o design gráfico do país ainda não encontrou
traços próprios. "Nesta Bienal,
sinto que uma certa coisa brasileira começa a se esboçar nas artes
gráficas", acredita ele. "Nosso design costumava ser muito sóbrio,
mas agora já estamos usando cores com mais habilidade. A tipografia está aparecendo não só como informação, mas também como forma de expressão."
No design gráfico, a Bienal é o
evento mais importante do Brasil.
Na América Latina, de acordo
com Ohtake, só perde para a bienal mexicana de cartazes.
Outro jurado, também sócio da
ADG, o designer Chico Homem de
Mello acha que a grande ruptura
dessa edição aconteceu na área de
editorial de moda. "Os catálogos
revelam grande inventividade gráfica, talvez porque a moda permita, e se alimente, de mudanças."
A princípio, o nome de Zuenir
Ventura destoa do restante do júri.
O jornalista participou do grupo
que fundou, no Rio, a Escola Superior de Desenho Industrial, em
1962, a primeira da América Latina. A escola ainda existe, e Ventura continua dando aulas de comunicação verbal para a área de programação visual.
Além de exposição de obras, haverá palestra com o cubano Carlos
Segura. O designer, que hoje reside em Chicago, fala sobre o uso
não convencional da tipografia.
O quê: 4ª Bienal de Design Gráfico
Quando: de 3 a 29 de março (ter a sáb, das
10h às 21h; dom, das 10h às 20h)
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel.
011/3871-7777)
O quê: palestras com Carlos Segura
Quando: 9/3, 20h30 (Alumni, r. Brasiliense,
65, Chácara Santo Antonio); 10/3, 9h30 às
12h e 14h30 às 17h (Sesc Pompéia)
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