São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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Brasil concorre com curtas em mostras paralelas

DA ENVIADA A CANNES

Ausente da competição pelo mais cobiçado prêmio de Cannes, a Palma de Ouro para longas-metragens, o Brasil se insinua na Croisette neste ano pelas bordas.
Há três curtas e um longa produzidos no país espalhados pelas diversas mostras do festival.
Rodado no Rio Grande do Norte pelo diretor russo Kirill Mikhanovsky, o longa "Sonho de Peixe" participa da Semana da Crítica. Terá duas sessões. Na segunda, no dia 22, será precedido pelo curta "Alguma Coisa Assim", de Esmir Filho.
Com "O Monstro", o diretor Eduardo Valente está na competição oficial de curtas-metragens, cujo prêmio também é uma Palma de Ouro. Valente é "veterano" em Cannes. Ele competiu (e venceu) em 2002, com "Um Sol Alaranjado", escalado para a mostra da Cinéfondation, dedicada a estudantes de cinema, ou seja, à descoberta de novos talentos.
É exatamente nessa seção que neste ano o também brasileiro Bruno Jorge tenta a sorte, com seu curta "Justiça ao Insulto".
A Cinéfondation já "consagrou" outro brasileiro, Antonio Campos, 22. Na verdade, Campos é "meio-brasileiro". Filho de um mineiro com uma ítalo-americana, radicado em Nova York, ele venceu a edição 2005 da Cinéfondation com "Buy It Now", sobre uma garota de 16 anos que leiloa sua virgindade no site eBay.
No fim do ano passado, a Cinéfondation decidiu conceder um prêmio especial ao melhor curta das oito edições realizadas até ali. Campos arrebatou o troféu.
"O prêmio melhorou minha carreira em certa medida. Fez muito mais gente prestar atenção em mim e na minha obra e me ajudou a conseguir trabalhos", diz ele. O diretor gostaria de "um dia, fazer um filme no Brasil" e colocar sua família nele, "se gostarem da idéia". (SA)


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