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Brasil concorre com curtas em mostras paralelas
DA ENVIADA A CANNES
Ausente da competição
pelo mais cobiçado prêmio
de Cannes, a Palma de Ouro
para longas-metragens, o
Brasil se insinua na Croisette
neste ano pelas bordas.
Há três curtas e um longa
produzidos no país espalhados pelas diversas mostras
do festival.
Rodado no Rio Grande do
Norte pelo diretor russo Kirill Mikhanovsky, o longa
"Sonho de Peixe" participa
da Semana da Crítica. Terá
duas sessões. Na segunda,
no dia 22, será precedido pelo curta "Alguma Coisa Assim", de Esmir Filho.
Com "O Monstro", o diretor Eduardo Valente está na
competição oficial de curtas-metragens, cujo prêmio
também é uma Palma de
Ouro. Valente é "veterano"
em Cannes. Ele competiu (e
venceu) em 2002, com "Um
Sol Alaranjado", escalado
para a mostra da Cinéfondation, dedicada a estudantes
de cinema, ou seja, à descoberta de novos talentos.
É exatamente nessa seção
que neste ano o também
brasileiro Bruno Jorge tenta
a sorte, com seu curta "Justiça ao Insulto".
A Cinéfondation já "consagrou" outro brasileiro,
Antonio Campos, 22. Na
verdade, Campos é "meio-brasileiro". Filho de um mineiro com uma ítalo-americana, radicado em Nova
York, ele venceu a edição
2005 da Cinéfondation com
"Buy It Now", sobre uma garota de 16 anos que leiloa sua
virgindade no site eBay.
No fim do ano passado, a
Cinéfondation decidiu conceder um prêmio especial ao
melhor curta das oito edições realizadas até ali. Campos arrebatou o troféu.
"O prêmio melhorou minha carreira em certa medida. Fez muito mais gente
prestar atenção em mim e na
minha obra e me ajudou a
conseguir trabalhos", diz ele.
O diretor gostaria de "um
dia, fazer um filme no Brasil" e colocar sua família nele, "se gostarem da idéia".
(SA)
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