São Paulo, quarta, 17 de junho de 1998

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FILMES - PAULO SANTOS LIMA

UM LANCE DO DESTINO Bandeirantes, 21h30. (Soft Deceit). Canadá, 1994, 95 min. Direção: Jorge Montesi. Com Patrick Bergin, Kate Vernon. Mestre do crime dá golpe perfeito e rouba paróquia que lavava dinheiro para a Máfia. Ele acaba preso por outro delito e começa a armar um plano para enganar mafiosos e policiais e reaver o dinheiro roubado.

INTERCINE
Globo, 0h40.
Será exibido o escolhido entre o inédito "Assassinato no Mississipi" (1990, de Roger Young, com Tom Hulce) e a reprise "Hannah e Suas Irmãs" (1986, de Woody Allen, com Michael Caine).

MARCADO PELA SARJETA
Globo, 2h35.
(Somebody Up There Likes Me). EUA, 1956. Direção: Robert Wise. Com Paul Newman, Pier Angeli, Everett Sloane. A vida do peso-médio Rocky Graziano (Paul Newman), sua marginalidade, seus problemas familiares e sua agressividade canalizados para o boxe, esporte que ele descobre, mais tarde, tão sórdido quanto as ruas de Nova York onde cresceu. Aparentemente otimista, o filme reserva na vitória da vida um gosto amargo, de pesar. Newman perfeito no papel, fotografia, cenografia e direção de arte belíssimas e agraciadas com o Oscar. Tem um estilo que lembra "Desafio à Corrupção", também com Paul Newman. Obra-prima irrefutável.


EMBALOS DE VERÃO
Bandeirantes, 3h05.
(A Sensuous Summer). EUA, 1991, 69 min. Direção: B. Rakely. Com Tom Case, A.G. Roberto, Tina Campbell. Discussão entre o dono de uma marina e um banqueiro descamba para uma sensual competição de esqui-aquático. Filme sem pé nem cabeça, a serviço da dita "sensualidade" e contra o espectador sem sono.


Excepcionalmente hoje, o crítico de cinema Inácio Araujo não escreve nesta seção.

TV PAGA
"Blade Runner' dá medo

da Redação

A curiosidade de rever "Blade Runner" (TNT, 22h) vem menos do filme e mais da arrepiante semelhança entre o mundo descrito por Ridley Scott no começo dos anos 80 e o nosso.
Certo, ainda não chegamos ao tempo dos replicantes -robôs idênticos aos homens. Mas chegamos à possibilidade da clonagem de seres.
Não chegamos à Los Angeles mergulhada numa espécie de noite eterna do filme, mas já convivemos normalmente com rodízio de carros ou robôs operários.
O que é aterrorizante em filmes como esse não é tanto o futuro terrível que projeta. É, sim, perceber que o estranhamento provocado originalmente por eles chega a nós, mansamente, familiarmente, e que nem mesmo chegamos mais a concebê-las como horríveis. (IA)



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