São Paulo, Sexta-feira, 17 de Dezembro de 1999


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MUNDO GOURMET
The Club oferece tranquilidade

JOSIMAR MELO
Colunista da Folha

Ao visitar um restaurante no alto do prédio da BM&F (Bolsa Mercantil & Futuros), no centro bancário de São Paulo, fui imbuído da esperança de conhecer um recanto da elite econômica do país. The Club é o nome do restaurante. Seria um clube londrino, recheado de símbolos de dinheiro e poder? Encontrei um retrato da nossa elite -ou de uma caricatura do que poderia ser uma verdadeira elite. O restaurante não pertence à BM&F, apenas fica perto, e atrai frequentadores da instituição. Tem um piano na entrada decorado por um Papai Noel inflável. Tanto um salão, dominado pela mesa de self-service, quanto o outro, de serviço à la carte, têm decoração discreta, modesta, sem grandes adereços nem especial conforto em suas cadeiras simples. A vista do centro da cidade, em tese uma das atrações da casa, é mais um espetáculo de horror a ser evitado. O público enfileirado ante os "réchauds de inox" tira qualquer vestígio de requinte. Nada disso é culpa do restaurante. O The Club, fundado há quase 20 anos por dois casais -Elizabeth e Francisco Della Torre e Sônia Maria Dorce e Adimir Armonia-, cumpre com galhardia sua missão de alimentar os colarinhos brancos do centro. Nas suas alturas, fornece alguma tranquilidade, longe do burburinho do rés do chão. Serve uma comida honesta, mesmo que sem maestria -como o filé de badejo passado do ponto, com mais óleo do que o necessário, mas bem temperado. O cardápio antiquado é largamente suplantado pelo self-service (com opções simpáticas, como o picadinho de filé com quiabo). Ali, no velho centro, é um local em que se pode almoçar, desde que sem esperanças de encontrar a sofisticação que nossa elite jamais teve.


Cotação: $$ Avaliação: regular

Restaurante: The Club Endereço: r. Líbero Badaró, 471, 13º andar (centro, tel.: 0/xx/11/3107-4575 e 0/xx/11/ 3107-4576) Horário: de segunda a sexta, das 12h às 15h Ambiente: simples, com vista para o centro Serviço: sem queixas Cozinha: variada, principalmente de self-service Cartões: todos Quanto: bufê, R$ 20,80; bufê de massas, R$ 12,90; couvert, R$ 3,30; entradas, R$ 4,16 a R$ 19,80; massas, R$ 11,50 a R$ 15; pescados, R$ 21 a R$ 40; carnes e aves, R$ 13,70 a R$ 22,90; sobremesas, R$ 3 a R$ 6


$ (até R$ 22); $$ (R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim   Sicília - 1
O chefe siciliano Pino Gaglio, do restaurante Castiglione, da ilha de Panteleria, apresenta até fim de janeiro um festival da cozinha siciliana no Café Gardênia. As especialidades, baseadas em peixes, legumes, ervas e azeite de oliva, combinam tradições italianas com outras do norte da África.

Sicília - 2
Do cardápio de Pino Gaglio pode-se pedir caponnata (berinjela, azeitonas e alcaparras em molho agridoce), penne chi vruocculi arriminati (penne com couve-flor, açafrão, anchovas, pinoli e passas) e pargo inteiro grelhado com molho de ervas.

Via web
O restaurante Tambor é um dos poucos que tem usado com agilidade os recursos da Internet. Com notícias periódicas, ele alimenta sua clientela pelo site http://www.tambor.com.br. Sua última atualização traz cardápios para encomenda e receitas de final de ano.


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