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ERUDITO
Planos para 2004 incluem trazer regentes convidados internacionais
Maestro paulista rege Porto Alegre
IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Responsável, na França, pela
Orquestra da Região do Loire, e
pelas óperas de Nantes e Angers, o
maestro paulista Isaac Karabtchevsky, 68, assume agora como
regente titular e diretor musical
da Orquestra Sinfônica de Porto
Alegre (Ospa).
O último cargo do regente no
Brasil foi a direção do Teatro Municipal de São Paulo, durante as
gestões dos prefeitos Paulo Maluf
e Celso Pitta. Por telefone, Karabtchevsky disse à Folha que, desde
o ano passado, está sendo sondado por uma orquestra de uma
grande cidade brasileira.
Karabtchevsky estréia com a
Ospa em 14 de março, em um
programa constituído da "Sinfonia nš 8", de Dvorák, e "Pássaro
de Fogo", de Stravinski. "Já faz
tempo que regi a orquestra pela
última vez [em 94]. Espero aproveitar esse concerto para ter um
contato mais íntimo com a Ospa,
e conhecer melhor suas necessidades". Ele deve dirigir entre nove
e 12 dos programas por ano, nas
brechas da agenda internacional.
Com planos de reestruturação
para a sinfônica, Karabtchevsky
imagina não ser difícil colocá-la
entre as principais orquestras
brasileiras. "A estrutura é muito
atraente. A Ospa tem uma tradição que vem dos anos 50, toca em
um teatro de quase 2.000 lugares,
faz 36 concertos de assinatura em
Porto Alegre e viaja constantemente pelo interior do Estado."
Em 2003, a Ospa deve fazer o
que o regente qualifica de "temporada-tampão", cumprindo
compromissos agendados no ano
passado. Seus planos mais ambiciosos são para 2004: implantar
uma programação internacional,
com maestros convidados de peso. "Para a orquestra, o nível dos
regentes convidados é mais importante do que o dos solistas. Só
o maestro inseguro não convida
regentes de fora".
Karabtchevsky dirigiu por 26
anos a Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi titular da Orquestra
Tonkünstler, de Viena, e da Orquestra do Teatro La Fenice, de
Veneza, onde ficou até 2001.
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