UOL


São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ERUDITO

Planos para 2004 incluem trazer regentes convidados internacionais

Maestro paulista rege Porto Alegre

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Responsável, na França, pela Orquestra da Região do Loire, e pelas óperas de Nantes e Angers, o maestro paulista Isaac Karabtchevsky, 68, assume agora como regente titular e diretor musical da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).
O último cargo do regente no Brasil foi a direção do Teatro Municipal de São Paulo, durante as gestões dos prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta. Por telefone, Karabtchevsky disse à Folha que, desde o ano passado, está sendo sondado por uma orquestra de uma grande cidade brasileira.
Karabtchevsky estréia com a Ospa em 14 de março, em um programa constituído da "Sinfonia nš 8", de Dvorák, e "Pássaro de Fogo", de Stravinski. "Já faz tempo que regi a orquestra pela última vez [em 94]. Espero aproveitar esse concerto para ter um contato mais íntimo com a Ospa, e conhecer melhor suas necessidades". Ele deve dirigir entre nove e 12 dos programas por ano, nas brechas da agenda internacional.
Com planos de reestruturação para a sinfônica, Karabtchevsky imagina não ser difícil colocá-la entre as principais orquestras brasileiras. "A estrutura é muito atraente. A Ospa tem uma tradição que vem dos anos 50, toca em um teatro de quase 2.000 lugares, faz 36 concertos de assinatura em Porto Alegre e viaja constantemente pelo interior do Estado."
Em 2003, a Ospa deve fazer o que o regente qualifica de "temporada-tampão", cumprindo compromissos agendados no ano passado. Seus planos mais ambiciosos são para 2004: implantar uma programação internacional, com maestros convidados de peso. "Para a orquestra, o nível dos regentes convidados é mais importante do que o dos solistas. Só o maestro inseguro não convida regentes de fora".
Karabtchevsky dirigiu por 26 anos a Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi titular da Orquestra Tonkünstler, de Viena, e da Orquestra do Teatro La Fenice, de Veneza, onde ficou até 2001.


Texto Anterior: Crítica: Museu abafa experimentalismo do movimento Fluxus
Próximo Texto: Livro/Lançamento: Semana de 22 recebe "vaias" outra vez
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.