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São Paulo, Terça-feira, 18 de Maio de 1999
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HERZOG X KINSKI "(...) Uma vez, no rio Nanay, fim das filmagens de "Aguirre", ele novamente não sabia seu texto e procurou uma vítima. "Seu porco!", gritou como um louco para o assistente de câmera. (...) Pediu-me então que o demitisse, mas eu respondi: "Não, é claro que não vou mandá-lo embora, pois toda a equipe se demitiria em solidariedade a ele". Ele (Kinski) então foi empacotar as coisas dele e as colocou num barco. (...) Cheguei e disse: "Você não pode fazer isto. O filme é mais importante que seus sentimentos pessoais -que qualquer dos nossos sentimentos pessoais. É impossível agir assim. Você não pode". Disse-lhe que tinha um rifle e que ele teria oito balas na cabeça antes de alcançar a próxima curva do rio. A nona bala seria para mim." Texto Anterior: Cannes: Herzog acerta as contas com Klaus Kinski Próximo Texto: Análise: Cannes já é de Takeshi Kitano e Almodóvar Índice |
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