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Os Trapalhões e o monstro do Egito
LÚCIO RIBEIRO
Editor interino da Ilustrada
O blockbuster norte-americano
que estréia hoje no Brasil se chama
"A Múmia", mas bem que poderia
ter sido batizado de algo como "Os
Trapalhões e o Monstro do Egito".
Hollywood deve ter feito uma
imersão nas obras do nosso Didi
Mocó para mexer no clássico do
terror que já foi protagonizado por
Boris Karloff, em 1932, e Peter Cushing e Christopher Lee, em 1959.
Mas o viés engraçado da superprodução passou longe do bobo
mas eficaz humor pueril de Renato
Aragão e amigos, teve efeitos especiais déja vù para um filme que
custou quase US$ 80 milhões e
muitas vezes descambou para o
débil, maculando as obras que arrepiaram cabelos no passado.
A história é a clássica e boa de
sempre. Brendan Fraser ("George,
o Rei da Floresta") estrela o filme
como um soldado da legião estrangeira francesa, que parte para uma
exploração arqueológica atrás dos
tesouros da mitológica cidade de
Hamunaptra.
Fraser e um grupo de caçadores
rival, guiados por um mapa antigo,
encontram a tal cidade, que os livros dizem ser "guardada" por um
ex-padre egípcio que foi mumificado vivo por matar um faraó.
Lógico, os atrapalhados caçadores vão acabar ressuscitando a Múmia do mundo dos mortos.
Mas a pretensão de fazer um "Indiana Jones" engraçado não funciona. É uma pena, mas esse "A
Múmia" não arranca muitas risadas, como aspirava, nem assusta,
como ensinaram os mestres Karloff, Cushing e Lee. Pior, nem se
enquadra no gênero "bobagem esperta".
É um filme para ser enrolado em
esparadrapo, enterrado no fundo
de alguma pirâmide e não ser despertado jamais.
Avaliação:
Filme: A Múmia
Produção: EUA, 1999
Direção: Stephen Sommers
Com: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John
Hannah
Quando: a partir de hoje nos cines Astor,
Center Iguatemi 3, Center Penha 1 e 2,
Eldorado 4 e 5, Extra Anchieta 4, 5 e 6,
Ipiranga 1, Raposo Shopping 2 e 6 e circuito
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