São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2000


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TELEVISÃO
Eurochannel traz fase clássica do Pink Floyd

DA REDAÇÃO

Há shows em que a integração entre palco e platéia é tão indissolúvel que as apresentações atingem o status de mitológicas. Aconteceu com James Brown no teatro Apollo (1963), com os Rolling Stones no Madison Square Garden (1969) e com o Pink Floyd em Pompéia (1971). Este último show é a atração que o Eurochannel leva ao ar hoje, às 20h30.
Mais do que uma apresentação, o concerto entre as ruínas da cidade italiana mostra a transição de uma banda que começou tentando sonorizar a ficção científica, passou pelas orquestrações mais grandiloquentes e estava aprendendo a deixar suas experiências um pouco mais palatáveis.
Em 1971, ano da apresentação, a banda estava divulgando o LP "Meddle". Nele, a sonoridade do grupo já aparecia mais compacta, com conceitos sonoros ousados para a época e melodias agradáveis. Essa fórmula chegaria ao paroxismo dois anos depois, quando o Pink Floyd gravou "The Dark Side of the Moon".
Apenas oito músicas compõem o repertório do show. Parece pouco, mas, como as idéias musicais abundavam, algumas canções duravam mais de dez minutos. É o caso de "Echoes - Parts 1 e 2".
Além dela, a banda aparece tocando "One of These Days", "Careful with That Axe, Eugene", "Saucerful of Secrets", "Set the Controls for the Heart of the Sun", "Mademoiselle Nobs", "Eclipse" e a então inédita "Us and Them".
De quebra, o programa traz cenas da banda no estúdio durante as gravações do LP "The Dark Side of the Moon".
Criado em 1965 na Inglaterra, o Pink Floyd é mais lembrado por seus álbuns conceituais e pelo rock progressivo que executou nos anos 70. Mas, no início, o grupo enveredava pela psicodelia e tinha como grande trunfo a liderança do guitarrista Syd Barrett.
Para acompanhar as alucinações musicais do guitarrista, a banda tinha Roger Waters no baixo, Rick Wright nos teclados e Nick Mason na bateria.
Após a gravação do primeiro álbum da banda, "The Piper at the Gates of Dawn" (1967), a instabilidade mental começou a minar a capacidade artística de Barrett. Dominado pela catatonia no palco, ele tocava coisas que não tinham nada a ver com os arranjos ou simplesmente não tocava.
Foi substituído pelo também guitarrista David Gilmour em 1968. Estava criada a formação clássica da banda, a mesma que se apresentou em Pompéia, num tempo em que os dinossauros do rock ainda tinham algo a dizer.


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