São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2004

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Novo colunista da Folha terá o Rio como tema

DA SUCURSAL DO RIO

Nelson Motta começa a escrever semanalmente na Folha na próxima sexta-feira. Ele ocupará o espaço da coluna "Rio", na página de Opinião, cujo titular nos demais dias é Carlos Heitor Cony, que às sextas escreve na Ilustrada. Para Motta, que já trabalhou em outros grandes jornais brasileiros, esse primeiro encontro com a Folha "é o caminho natural".
"Estava escrito. E ainda ganhei um upgrade [promoção]: passei do segundo para o primeiro caderno", brinca o jornalista, cujas experiências anteriores tinham sido nas páginas de cultura.
Motta iniciou a carreira no "Jornal do Brasil", nos anos 60. Convidado por Samuel Wainer, passou para a "Última Hora" em 67. Durante toda a década de 70, trabalhou em "O Globo", assinando uma coluna musical. Voltaria a aparecer em jornais ("O Estado de S.Paulo" e "O Globo") nos anos 90, como um dos autores da página "Manhattan Connection".
Como produtor musical, Motta se notabilizou por levar ao sucesso As Frenéticas, Marisa Monte e outros artistas. Duas casas noturnas que comandou entraram para a história do Rio: Dancin" Days e Noites Cariocas.
Em sua coluna na Folha, ele pretende ter o Rio como tema freqüente. "Quero dar um ponto de vista carioca para assuntos nacionais", afirma Motta, nascido em São Paulo, onde morou até os cinco anos. "O que me segura é meu lado paulista, porque trabalho muito. Se dependesse só do carioca, eu estaria mortinho."
Da varanda de seu apartamento, em Ipanema, vê o Country Club, o mais seleto clube carioca, a praia e a favela do Vidigal. "É um paradoxo genial. Há lugares em que os pedaços da cidade partida se encontram", afirma.
Motta chega aos 60 anos com vários projetos. Em outubro lança seu site, que terá crônicas, músicas e vídeos raros. Ainda neste ano sai um songbook com 60 canções suas, entre elas parcerias com Lulu Santos, como "Certas Coisas" e "Como uma Onda". As gravações originais de dez delas, somadas a quatro inéditas, comporão um disco.
No início de 2005, sai o livro sobre o Fluminense, seu clube de coração. O projeto "Sintonia Fina", até agora um programa de rádio e uma série de shows, também chegará à televisão (Multishow) e à internet (uma revista eletrônica).
Por fim, o livro "Noites Tropicais" será transformado em documentário ou série de TV.


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