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Novo colunista da Folha terá o Rio como tema
DA SUCURSAL DO RIO
Nelson Motta começa a escrever semanalmente na Folha na
próxima sexta-feira. Ele ocupará
o espaço da coluna "Rio", na página de Opinião, cujo titular nos demais dias é Carlos Heitor Cony,
que às sextas escreve na Ilustrada.
Para Motta, que já trabalhou em
outros grandes jornais brasileiros,
esse primeiro encontro com a Folha "é o caminho natural".
"Estava escrito. E ainda ganhei
um upgrade [promoção]: passei
do segundo para o primeiro caderno", brinca o jornalista, cujas
experiências anteriores tinham sido nas páginas de cultura.
Motta iniciou a carreira no "Jornal do Brasil", nos anos 60. Convidado por Samuel Wainer, passou
para a "Última Hora" em 67. Durante toda a década de 70, trabalhou em "O Globo", assinando
uma coluna musical. Voltaria a
aparecer em jornais ("O Estado
de S.Paulo" e "O Globo") nos
anos 90, como um dos autores da
página "Manhattan Connection".
Como produtor musical, Motta
se notabilizou por levar ao sucesso As Frenéticas, Marisa Monte e
outros artistas. Duas casas noturnas que comandou entraram para
a história do Rio: Dancin" Days e
Noites Cariocas.
Em sua coluna na Folha, ele
pretende ter o Rio como tema freqüente. "Quero dar um ponto de
vista carioca para assuntos nacionais", afirma Motta, nascido em
São Paulo, onde morou até os cinco anos. "O que me segura é meu
lado paulista, porque trabalho
muito. Se dependesse só do carioca, eu estaria mortinho."
Da varanda de seu apartamento, em Ipanema, vê o Country
Club, o mais seleto clube carioca,
a praia e a favela do Vidigal. "É
um paradoxo genial. Há lugares
em que os pedaços da cidade partida se encontram", afirma.
Motta chega aos 60 anos com
vários projetos. Em outubro lança
seu site, que terá crônicas, músicas e vídeos raros. Ainda neste
ano sai um songbook com 60 canções suas, entre elas parcerias
com Lulu Santos, como "Certas
Coisas" e "Como uma Onda". As
gravações originais de dez delas,
somadas a quatro inéditas, comporão um disco.
No início de 2005, sai o livro sobre o Fluminense, seu clube de
coração. O projeto "Sintonia Fina", até agora um programa de
rádio e uma série de shows, também chegará à televisão (Multishow) e à internet (uma revista eletrônica).
Por fim, o livro "Noites Tropicais" será transformado em documentário ou série de TV.
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