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Criadores preferiram insetos agradáveis
MARIANE MORISAWA
da Redação
Andrew Stanton, roteirista e co-diretor, ao lado de John Lasseter,
de "Vida de Inseto", também diz
ter ficado muito irritado com o fato de a DreamWorks ter lançado
um filme de animação por computador com o mesmo tema.
"Porque era óbvio que eles sabiam que nós estávamos fazendo
um longa sobre insetos", ele afirmou à Folha, por telefone, de San
Francisco. "Mas", ele prossegue,
"nós continuamos nosso trabalho
e tentamos fazer o melhor possível.
Quando nós fizemos "Toy Story',
procuramos realizar o melhor filme sobre brinquedos possível.
Agora, quisemos fazer o mesmo
com os insetos."
Para isso, os realizadores de "Vida de Inseto" decidiram retirar o
aspecto repugnante de formigas,
aranhas e percevejos. Somente os
vilões gafanhotos são feios.
Flik, o personagem principal, é
uma formiga azul. A lagarta Chucrute é amarelinha, de cara gorducha e um simpático sotaque alemão. "A maior parte das pessoas
tem asco de insetos. Por isso, decidimos que eles seriam agradáveis e
tomamos certas licenças poéticas,
como tirar um par de pernas das
formigas", Stanton diz, rindo.
Em relação a "Toy Story", "Vida
de Inseto" tem muitas vantagens,
segundo Stanton. "Além de computadores mais rápidos, pudemos
desenvolver melhor as expressões
faciais e os movimentos. Em vez de
termos apenas dois personagens
principais, pudemos fazer 20. No
lugar de um filme de 72 minutos,
tivemos um de 90."
O "boom" da animação neste
ano, segundo Stanton, deve ser entendido pelo que aconteceu em
Hollywood há mais ou menos três
anos. "Na época, por exemplo,
"Toy Story' fez um enorme sucesso, e todos os estúdios perceberam
que havia público e que ganhariam
dinheiro com esse interesse."
O diretor não participa da sequência de "Toy Story", que será
lançada no próximo ano, mas
adianta que já tem outro projeto.
Temeroso, afirma: "É claro que
ainda não posso revelá-lo".
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