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Minha voz é ótima, diz Gillan
da Agência Folha
Feliz da vida com o sucesso
reconquistado com o Deep
Purple -a atual turnê, iniciada
há um ano, vendeu, em média,
90% dos ingressos por show-,
Ian Gillan disse à Folha que a
banda só completou 30 anos
graças à "humildade" de mudar os rumos.
Ele confirmou que, em 1997,
no Brasil, a banda estava "ligeiramente insegura, adaptando-se à entrada de Morse". "Hoje
ele é da família."
(IRINEU MACHADO E MARCELO
MOREIRA)
Folha - O CD "Abandon" trouxe diferenças em relação ao anterior, "Purpendicular": tem
menos peso e está mais puxado
para o blues, com passagens de
jazz. Tem um clima de jam session. Essa mudança foi consciente?
Ian Gillan - É de fato um álbum diferente. Foi feito mesmo
de uma maneira um pouco
crua e soa fora da linha que vínhamos seguindo. Mas isso
aconteceu naturalmente e a exploração de outros caminhos
se explica pelas diferentes influências de cada um na banda
hoje.
Folha - Com a entrada de Steve Morse, temia-se que a banda
viesse a se tornar uma espécie
de "Dixie Purple" -um cruzamento entre os Dixie Dregs, antiga banda de Morse, e o Deep
Purple. Isso não aconteceu.
Qual a importância de Morse
para o grupo?
Gillan - Já é o segundo álbum
de Steve na banda. Foi ele quem
trouxe um pouco do clima de
jam session. Ele também é muito bom compositor, se entrosou perfeitamente, está curtindo muito mais e está mais confortável no grupo.
Folha - A última coletânea do
Deep Purple, "The Very Best
Of", foi considerada a mais
completa da banda. Algum de
vocês participou da escolha das
músicas?
Gillan - Sim. Roger Glover.
Ele escolheu as músicas. Ele
sempre se envolve com essas
coletâneas, com a preservação
do patrimônio da banda. Acho
que é uma coletânea muito boa.
Mostra as boas fases do grupo,
o início, a fase com David Coverdale, enfim, acho que é um
documento histórico.
Folha - Ritchie Blackmore voltou a dizer em uma entrevista a
uma revista brasileira de música que deixou a banda em 1993
porque você estava perdendo a
voz e que suas performances
ao vivo estavam abaixo do nível do grupo. Como está sua
voz hoje?
Gillan - Ótima. No show,
as pessoas podem ver como está a minha voz.
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