São Paulo, Sexta-feira, 19 de Março de 1999
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Minha voz é ótima, diz Gillan

da Agência Folha

Feliz da vida com o sucesso reconquistado com o Deep Purple -a atual turnê, iniciada há um ano, vendeu, em média, 90% dos ingressos por show-, Ian Gillan disse à Folha que a banda só completou 30 anos graças à "humildade" de mudar os rumos.
Ele confirmou que, em 1997, no Brasil, a banda estava "ligeiramente insegura, adaptando-se à entrada de Morse". "Hoje ele é da família."
(IRINEU MACHADO E MARCELO MOREIRA)


Folha - O CD "Abandon" trouxe diferenças em relação ao anterior, "Purpendicular": tem menos peso e está mais puxado para o blues, com passagens de jazz. Tem um clima de jam session. Essa mudança foi consciente?
Ian Gillan
- É de fato um álbum diferente. Foi feito mesmo de uma maneira um pouco crua e soa fora da linha que vínhamos seguindo. Mas isso aconteceu naturalmente e a exploração de outros caminhos se explica pelas diferentes influências de cada um na banda hoje.
Folha - Com a entrada de Steve Morse, temia-se que a banda viesse a se tornar uma espécie de "Dixie Purple" -um cruzamento entre os Dixie Dregs, antiga banda de Morse, e o Deep Purple. Isso não aconteceu. Qual a importância de Morse para o grupo?
Gillan
- Já é o segundo álbum de Steve na banda. Foi ele quem trouxe um pouco do clima de jam session. Ele também é muito bom compositor, se entrosou perfeitamente, está curtindo muito mais e está mais confortável no grupo.
Folha - A última coletânea do Deep Purple, "The Very Best Of", foi considerada a mais completa da banda. Algum de vocês participou da escolha das músicas?
Gillan
- Sim. Roger Glover. Ele escolheu as músicas. Ele sempre se envolve com essas coletâneas, com a preservação do patrimônio da banda. Acho que é uma coletânea muito boa. Mostra as boas fases do grupo, o início, a fase com David Coverdale, enfim, acho que é um documento histórico.
Folha - Ritchie Blackmore voltou a dizer em uma entrevista a uma revista brasileira de música que deixou a banda em 1993 porque você estava perdendo a voz e que suas performances ao vivo estavam abaixo do nível do grupo. Como está sua voz hoje?
Gillan
- Ótima. No show, as pessoas podem ver como está a minha voz.


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