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FOTOGRAFIA
Pesquisa para exposição levou três anos
Mostra do MIS quer revisão histórica
FRANCESCA ANGIOLILLO
free-lance para a Folha
"Memória Paulistana 1940
-±1960", mostra que abre hoje,
às 20h, no Museu da Imagem e
do Som, chega ao público pelas
mãos do mesmo curador
-Rudá de Andrade- de outra
"Memória Paulistana": a que
inaugurou a atual sede do MIS,
em 1975.
Como na primeira "Memória" -referente ao período entre o fim do século 19 e os anos
30- , o objetivo principal é levantar e valorizar o patrimônio
iconográfico resguardado por
instituições como a Eletropaulo e o Museu Paulista.
A pesquisa para a mostra durou três anos. Rudá disse ter
notado uma revalorização das
décadas de 40 e 50.
"Nos anos 40 e 50, quando
São Paulo começou a assumir a
sua vocação de metrópole, consolidaram-se, nas artes e na
cultura, ideais que tinham nascido num grupo isolado, em
1922. Principalmente nos anos
50, São Paulo vira modernista:
a arquitetura modernista se
impõe, como o Copan, o Ibirapuera."
Na mostra vemos fotografias
dos então novos museus, de
atores de teatro, da cidade em
mudança.
Rudá vê na exposição mais do
que o retrato de uma época. Na
sua opinião, a mostra propõe
uma revisão histórica de problemas para os quais os paulistanos têm dado as costas, os
quais já se anunciavam nos
anos 40 e 50.
"A evolução suplantou qualquer possibilidade de planejamento. A bagunça já vem desde
aquela época."
O curador diz que deve vir
por aí uma próxima "Memória", abarcando os anos 60 e 70,
período que, para ele, gerou
uma espécie de "trauma social"
pelas mudanças comportamentais que trouxe.
Exposição: "Memória Paulistana 1940
-°1960"
Onde: MIS (av. Europa, 158, tel. 011/
852-9197)
Quando: Ter. a dom., das 14h às 22h.
Até 18/4
Quanto: entrada franca
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