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Obras são
"para uso
doméstico"
especial para a Folha, em Londres
Vik Muniz, o paulistano
residente em Nova York escolhido para integrar
"Abracadabra", não está
exultante com sua presença
na decana Tate Gallery.
"Estou feliz por ser escolhido, mas acho que meu
trabalho não tem muito a
ver com arte contemporânea. Sou tradicional, o único
da coletiva que usa fotografia, moldura. Me identifico
mais com os pintores do século 15, como Durer", disse
à Folha, em Londres.
Muniz pode não querer
apenas parecer blasé. "Exposições coletivas passam,
são experimentos."
Ele não se impressionou
com as obras de "Abracadabra". "Arte para chocar hoje
se aprende na escola. É o que
chamaria de arte acadêmica.
Gostaria de ver um vaso de
flores bem pintado numa
exposição como essa. Isso,
sim, seria chocante."
O brasileiro teve escolhidas algumas de suas fotos
cobertas com chocolate
-cujos modelos são "performances" dos artistas
Jackson Pollock e Yves
Klein-, duas fotografias
com serpentinas da série
"Aftermath" e um mural
com recortes de jornais, alguns com notícias fictícias.
Muniz diz se preocupar
com o espectador, o que não
parece ser a tônica entre
seus companheiros da coletiva inglesa. "Quero que minhas obras cheguem às casas das pessoas. Elas foram
feitas para o ambiente doméstico."
(PV)
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