especial para a Folha

O Free Jazz importou no sábado o conceito de "DJ superstar", já bastante conhecido dos festivais europeus. Colocado no centro da pista do palco principal, numa plataforma de cerca de cinco metros de altura, o DJ inglês Darren Emerson teve direitos de um astro do pop: iluminação e palco exclusivos, pausas na discotecagem para ser aplaudido pelo público.
Baseando seu repertório principalmente na house e variações, conseguiu ser pop sem ser vulgar.
Mesclou coisas conhecidas com faixas de dance music underground, desempenhou "viradas" impecáveis. O povo não se contentou com as pouco mais de duas horas de sua performance.
E ainda foi sutil: passou da deep house para as fronteiras do tecno e, depois, de volta à house, como se não tivesse trocado de música.
Não, ele não tocou "Born Slippy", o grande hit do filme "Trainspotting", que fez seu grupo, o Underworld, estourar por todo o planeta. Mas teve uma responsabilidade muito maior: a de não deixar o pique da platéia cair depois da impressionante apresentação do Orbital. E se saiu muito bem. (LEANDRO FORTINO)

Avaliação: