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PEDRO LUÍS E A PAREDE e CAKE
Duas maneiras diferentes de dançar
THALES DE MENEZES
da Reportagem Local
Ficar parado foi missão impossível nos shows de sábado no palco New Directions. Cada um à sua
maneira, o carioca Pedro Luís e a
Parede e o norte-americano Cake
sacudiram o público.
Pedro Luís tocou para meia lotação, e o Cake, com a casa cheia.
São duas bandas que misturam
estilos e décadas das músicas populares de seus países em seu
som. A proposta é a mesma, colocar todo mundo na dança. O que
muda é a estratégia no palco.
Pedro Luís, dono de boas letras,
faz uma música com batida pesada, repetitiva, com versos berrados. Nem é música, é uma convocação sonora, irrecusável. Refrãos
simples, que grudam no ouvido,
ajudam a conquistar o público.
O quinteto toca, com tesão, rap,
funk, samba e rock and roll. Um
grande show, fechado em plena
apoteose com "Caio no Suingue",
hino para qualquer batuqueiro.
Dificilmente os integrantes da
Cake esperavam tamanha resposta do público, que cantou junto
todas as canções -todas mesmo.
Trompete, violão, muita percussão, guitarra blues e a voz e o
carisma de John McCrea, líder da
banda e uma debochada figura no
palco, foram ingredientes para tomar a platéia como refém.
O show abrangeu os três álbuns
do Cake e foi esquentando, numa
sucessão de folk, jazz, cabaré,
rock e passagens inclassificáveis.
O auge veio com uma versão
matadora do hit "Never There".
Um bom show, com dois defeitos:
foi curto e terminou com uma patética participação de Tom Zé no
bis. Fazendo gargarejos e percussão rasgando jornal, o brasileiro
esfriou o show. Diante de um público que não gostou do convidado, o Cake deu boa noite e sumiu.
Um verdadeiro anticlímax.
Avaliação (Pedro Luís):
Avaliação (Cake):
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