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TRUFAS
Está aberta a temporada das trufas em SP
CRISTIANA COUTO
especial para a Folha
É tempo de trufas. Até dezembro, a preciosa iguaria estará
compondo pratos -e elevando
seus preços- nos restaurantes
mais sofisticados da cidade.
Com características de tubérculo e de cogumelo subterrâneo que
cresce junto a raízes de árvores
como o carvalho, a trufa (ou tartufo, em italiano) é encontrada
principalmente na França, na região do Périgord, e na Itália, nas
regiões de Alba e Piemonte.
As brancas, mais apreciadas, raras e caras, e as negras são rastreadas por cães e porcos e chegam a
atingir US$ 5 mil o quilo.
Mesmo com valor estratosférico, o produto não intimida quem
o aprecia. Restaurantes que tradicionalmente trabalham com trufas frescas, como o Fasano, chegam a cobrar mais de R$ 100 por
um prato que leve seu aroma intenso e sabor suave.
Atentos em destacar essa característica peculiar do produto, Rogério Fasano e Sauro Scarabotta,
do Friccò di Frango, não inventam moda. Seguem o costume europeu de combiná-las com ovo,
talharim ou simples torradas.
No Fasano (r. Haddock Lobo,
1.644, tel. 0/xx/11/852-4000), é
possível saborear talharim, nhoque e risoto com trufas (R$ 130,
cada prato), além de polenta com
gema e trufas e torradas com ovo
frito e trufas (R$ 90, cada prato).
"A trufa é uma estrela e deve estar associada a ingredientes simples que acentuem seu sabor", diz
Scarabotta, que oferece pratos a
preços muito atraentes. "Consigo
a iguaria direto dos caçadores",
justifica. Entre os destaques do
cardápio do Friccò di Frango (r.
Cubatão, 837, tel. 0/xx/ 11/5084-0480), estão o carpaccio com trufas pretas de Gubbio (R$ 20), a
polenta com gema de ovo, trufas e
lascas de parmesão (R$ 22), o risoto à parmegiana com trufas (R$
35) e o espaguete ao pomodoro
fresco e trufas (R$ 27). Pratos com
trufas brancas terão acréscimo de
20% a partir de domingo.
Disseminada em várias casas
este ano (veja quadro ao lado), a
opção pelo uso dos derivados de
trufas (manteiga, cremes e conservas), em lugar das frescas, entra como proposta econômica.
Idéia esta rejeitada veementemente pelos mais exigentes. "Perde a potência do aroma", comenta Rogério. "É como saber o final
de um filme", reforça Scarabotta.
Aos que não podem ir a um Fasano da vida, vale, ao menos, o gostinho de um trailer.
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