São Paulo, Sexta-feira, 19 de Novembro de 1999
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"Besta-Fêmea" traz fel de Dorothy Parker

free-lance para a Folha

"A sátira contém a verdade", sentenciou Dorothy Parker (1873-1967). "Besta-Fêmea", monólogo inspirado em cinco dos seus contos, que reestréia hoje em São Paulo, prova que a escritora americana tinha razão.
"É um humor desgraçado, satírico, cínico e sutil, uma mistura de Macbeth com Chapeuzinho Vermelho, como definiu Ruy Castro", afirma a atriz gaúcha Gina Tocchetto, 35.
Na adaptação da diretora Daniela Carmona, Gina costura as personagens em uma só, irradiando solidão no palco.
Trata-se de uma mulher que percorre uma espécie de calvário amoroso. Primeiro, o encantamento forçado numa dança de valsa. Depois, a angústia pela espera do telefonema. Até a crise do ciúme obsessivo.
Mesmo o ciclo de sofrimento não é suficiente pra que ela desvie o foco do outro para si. A montagem estreou em Porto Alegre há cinco anos e já foi vista na Argentina e Suécia. (VALMIR SANTOS)


Peça: Besta-Fêmea
Quando: reestréia hoje, 21h; sex. e sáb., 21h; dom. 20h. Até 28/11
Onde: Ágora (r. Rui Barbosa, 672, Bela Vista, tel. 0/xx/11/284-0290). R$ 10..





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