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"Besta-Fêmea" traz fel de Dorothy Parker
free-lance para a Folha
"A sátira contém a verdade",
sentenciou Dorothy Parker (1873-1967). "Besta-Fêmea", monólogo
inspirado em cinco dos seus contos, que reestréia hoje em São
Paulo, prova que a escritora americana tinha razão.
"É um humor desgraçado, satírico, cínico e sutil, uma mistura de
Macbeth com Chapeuzinho Vermelho, como definiu Ruy Castro", afirma a atriz gaúcha Gina
Tocchetto, 35.
Na adaptação da diretora Daniela Carmona, Gina costura as
personagens em uma só, irradiando solidão no palco.
Trata-se de uma mulher que
percorre uma espécie de calvário
amoroso. Primeiro, o encantamento forçado numa dança de
valsa. Depois, a angústia pela espera do telefonema. Até a crise do
ciúme obsessivo.
Mesmo o ciclo de sofrimento
não é suficiente pra que ela desvie
o foco do outro para si. A montagem estreou em Porto Alegre há
cinco anos e já foi vista na Argentina e Suécia.
(VALMIR SANTOS)
Peça: Besta-Fêmea
Quando: reestréia hoje, 21h; sex. e sáb.,
21h; dom. 20h. Até 28/11
Onde: Ágora (r. Rui Barbosa, 672, Bela
Vista, tel. 0/xx/11/284-0290). R$ 10..
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