São Paulo, domingo, 20 de março de 2005

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Fãs exaltam formato do DVD de música

DA SUCURSAL DO RIO

Para o presidente da Associação Brasileira de Música Independente, Pena Schmidt, o DVD "tem suas limitações, é para ser visto na frente da TV por um número restrito de vezes". Não é o que pensa a enfermeira Théia Oliveira, 59, que não passa um dia ser ver algum dos shows que tem em casa.
"Eu não me canso. E ainda chamo minha irmã, o cunhado, amigos", conta, só lamentando que os DVDs não sejam mais baratos.
Para a contadora carioca Tereza Valadares, 31, os preços estão razoáveis, tanto que ela já tem cerca de 60 DVDs musicais. "Em muitos casos, vale mais a pena comprar só o DVD, e não o CD, porque as músicas são as mesmas e ainda tem a imagem", diz.
O argumento não serve para o escritor e produtor musical Nelson Motta. "Não sou muito de ver shows pela TV nem clipes", diz. Para ele, a aposta nos DVDs é um recurso temporário das gravadoras. "A indústria foi quase obrigada [a apostar], para enfrentar a pirataria de CDs. Põem brindes e penachos na caixa para oferecer algo a mais. Mas é só um refresco, porque os piratas vão chegar aos DVDs", brinca.
Nelson Motta imagina um cenário que não parece tão distante: as pessoas escolhendo na internet ou de outras formas o que querem ouvir e pagando por esse serviço, sem comprar produtos formatados pelas gravadoras.
Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, mais de 200 milhões de canções foram baixadas em 2004, um crescimento de 900%.


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