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Fãs exaltam formato do DVD de música
DA SUCURSAL DO RIO
Para o presidente da Associação
Brasileira de Música Independente, Pena Schmidt, o DVD "tem
suas limitações, é para ser visto na
frente da TV por um número restrito de vezes". Não é o que pensa
a enfermeira Théia Oliveira, 59,
que não passa um dia ser ver algum dos shows que tem em casa.
"Eu não me canso. E ainda chamo minha irmã, o cunhado, amigos", conta, só lamentando que os
DVDs não sejam mais baratos.
Para a contadora carioca Tereza
Valadares, 31, os preços estão razoáveis, tanto que ela já tem cerca
de 60 DVDs musicais. "Em muitos casos, vale mais a pena comprar só o DVD, e não o CD, porque as músicas são as mesmas e
ainda tem a imagem", diz.
O argumento não serve para o
escritor e produtor musical Nelson Motta. "Não sou muito de ver
shows pela TV nem clipes", diz.
Para ele, a aposta nos DVDs é um
recurso temporário das gravadoras. "A indústria foi quase obrigada [a apostar], para enfrentar a pirataria de CDs. Põem brindes e
penachos na caixa para oferecer
algo a mais. Mas é só um refresco,
porque os piratas vão chegar aos
DVDs", brinca.
Nelson Motta imagina um cenário que não parece tão distante:
as pessoas escolhendo na internet
ou de outras formas o que querem ouvir e pagando por esse serviço, sem comprar produtos formatados pelas gravadoras.
Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica,
mais de 200 milhões de canções
foram baixadas em 2004, um
crescimento de 900%.
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