especial para a Folha

Parceiro de Sinatra na dança, Gene Kelly depôs: "Ele era um sujeito muito generoso. Se você admirasse a gravata dele, ele lhe enviaria uma gravata igualzinha. Se você dissesse "gostei do seu terno', Frank lhe enviaria um terno. Se você dissesse "gostei da sua garota', ele lhe enviaria dois sujeitos, chamados Carmine e Nunzio".
Sinatra era um indefectível sedutor. Casou-se quatro vezes e flertou inúmeras. Conviveu com cobiçadas estrelas de Hollywood.
Em 1966, casou-se com Mia Farrow, 19 anos, 30 mais jovem do que ele. Durou pouco, mas a amizade perdurou. Quando, duas décadas depois, Farrow achou fotos de sua filha adotiva nua, tiradas por Woody Allen, Sinatra "galantemente se ofereceu para mandar quebrar as pernas dele".
A paixão por Ava Gardner foi avassaladora. Chegou a mandar estampar numa coluna o anúncio: "Frankie, disposto a se render; quer Ava de volta; aceita quaisquer termos". Separações e reconciliações marcaram esse romance.
"O amor da minha vida". Era como chamava Barbara Ann Blakeley, estonteante loura e "ex-rainha da beleza, ex-diretora de escola de modelos, ex-dançarina de Las Vegas e ex-mulher de Zeppo Marx", vizinho de Sinatra.
Ele gostava de assoprar a nuca das mulheres e de dar presentes. Para Farrow, comprou pedras preciosas, um cavalo e uma pistola coberta de pérolas. Para Gardner, fez uma banheira com ducha na selva africana, onde ela filmava "Mocambo".
Em 1965 declarou: "Posso dizer honestamente que se eu tivesse tantos casos amorosos quanto me creditam, estaria agora lhes falando de dentro de um frasco na escola de medicina de Harvard".
O fotógrafo Phil Stern pegou a blague e fez uma fotomontagem em que o cantor aparece num frasco de coleta de espécies.
Modesto, Sinatra declarou: "Eu mereço um doutorado no assunto mulheres. Mas a verdade é que errei com mais frequência do que acertei. Admiro as mulheres. Mas, como todos os homens, não as compreendo". (CA)



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