JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A Viña Ventisquero é relativamente nova no firmamento de adegas chilenas.
Suas primeiras vinhas foram plantadas em 1998 no vale do Maipo, ao sudoeste de Santiago, e a adega construída, também lá, no ano 2000.
Na curta história, tem colocado bons vinhos no mercado, desde os mais simples (como o Clásico, que já apareceu na seção "Bom e Barato") até os "super premium", ícones sedutores do tipo do Pangea, um rico syrah.
Agora chegaram os Ramirana, nova marca da adega, que, surpreendentemente, não mantêm a consistência.
Falta ao topo de gama Trinidad Vineyard 2005, por exemplo, a complexidade e a expressão de fruta dos vinhos que militam nessa faixa de preço (87/100, R$ 110).
O mesmo acontece, um degrau abaixo, com o Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2006, dominado por toques de eucalipto, com taninos um pouco rudes, discreto para um vinho dessa cepa (86/100, R$ 68).
Curiosamente, os goles mais interessantes do rótulo estão numa das alas básicas, aquela dos Reserva.
Menção aqui para dois 2008, o Syrah (tabaco, baunilha, frutas vermelhas, boa textura, 87/ 100) e o Carmenére, que prima pela fruta (framboesa, goiaba), redondo, equilibrado, saboroso e com boa acidez (88/100, ambos R$ 48, na Ville du Vin, tel. 0/xx/11/3045-8137).

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