São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Obra tenta contornar problemas acústicos

DE SÃO PAULO

Nunca será possível comparar o Theatro Municipal de São Paulo a teatros de ópera de primeira linha como o italiano Alla Scala, de Milão, o inglês Covent Garden, de Londres, ou o argentino Colón, de Buenos Aires.
Por dois motivos: a dimensão do palco tem limites e não é possível expandi-la. E sua acústica, que é mais seca (com os sons morrendo mais rapidamente) e privilegia a palavra cantada.
"Temos um teatro maravilhoso, acolhedor, que a cidade nele se reconhece. E que tem limitações -como muitos outros", afirma José Augusto Nepomuceno, arquiteto responsável pela obra do palco do Municipal.
Os problemas para a audição de concertos continuam e a equipe tenta contorná-los na medida do possível.
Foi projetada uma concha acústica e a qualidade de escuta vem sendo avaliada junto à orquestra.
Nepomuceno compara o projeto feito para o Municipal do Rio de Janeiro, também de sua autoria.
"Gastou-se o equivalente. Tecnologicamente, estamos no melhor patamar possível e só posso imaginar uma nova reforma do palco para daqui a 40 anos, pois foram utilizados equipamentos de última geração", afirma.
"Em ambos os teatros, no entanto, os sons são mais secos do que vivos. No Rio, alguns maestros me dizem que a acústica é melhor", explica Nepomuceno. (MK)


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