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Bortolotto, Navas, Bonassi e Cabral ganham leitura
DA REPORTAGEM LOCAL
Três peças
curtas participam hoje do
ciclo Leituras
de Teatro no
auditório da
Folha: "Três Cigarros & A
Última Lasanha", de Fernando Bonassi e Victor Navas, "Deve Ser do Caralho o
Carnaval em Bonifácio", de
Mário Bortolotto, e "Numa
Noite Qualquer", de Luiz
Cabral.
O monólogo "Três Cigarros & A Última Lasanha"
narra as agruras de um sujeito que tem seu braço decepado, não se sabe como, e é
submetido a um transplante.
Ele não se apega, literalmente, ao novo membro, "doação" de um morto recente.
"Não é um sujeito macabro, mas obcecado, como a
humanidade, pelo saber, pelo conhecimento", diz Navas, 39. Ele ressalva o bom
humor do texto, que será lido por Renato Borghi, sob
direção de Beth Lopes.
Em "Deve Ser do Caralho
o Carnaval em Bonifácio",
Bortolotto mostra as artimanhas da sedução e do jeitinho com o qual o velho Renato (Borghi), o seu colega
Elcio (Nogueira Seixas) e a
irmã gostosona deste, Bel
(Luah Guimarãez), tramam
golpe sobre um francês tarado pela moça.
"Tive total liberdade, inclusive para citar nominalmente o Borghi e o Elcio",
diz Bortolotto, 38. A direção
é de Nilton Bicudo.
A terceira peça é "Numa
Noite Qualquer", de Cabral,
sobre um casal, Vantuir
(Nogueira) e Vanderléia
(Luah), que acorda na madrugada, sem sono, e deita o
verbo sobre a relação. Eles se
acariciam, se machucam,
mas ficam na cama até o despertador tocar.
"É uma triste constatação
do esgotamento do diálogo
conjugal. A conversa até
existe, mas seu sentido não",
diz Cabral, 40. A direção
também é de Bicudo.
(VS)
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