São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2001

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Bortolotto, Navas, Bonassi e Cabral ganham leitura

DA REPORTAGEM LOCAL

Três peças curtas participam hoje do ciclo Leituras de Teatro no auditório da Folha: "Três Cigarros & A Última Lasanha", de Fernando Bonassi e Victor Navas, "Deve Ser do Caralho o Carnaval em Bonifácio", de Mário Bortolotto, e "Numa Noite Qualquer", de Luiz Cabral.
O monólogo "Três Cigarros & A Última Lasanha" narra as agruras de um sujeito que tem seu braço decepado, não se sabe como, e é submetido a um transplante. Ele não se apega, literalmente, ao novo membro, "doação" de um morto recente.
"Não é um sujeito macabro, mas obcecado, como a humanidade, pelo saber, pelo conhecimento", diz Navas, 39. Ele ressalva o bom humor do texto, que será lido por Renato Borghi, sob direção de Beth Lopes.
Em "Deve Ser do Caralho o Carnaval em Bonifácio", Bortolotto mostra as artimanhas da sedução e do jeitinho com o qual o velho Renato (Borghi), o seu colega Elcio (Nogueira Seixas) e a irmã gostosona deste, Bel (Luah Guimarãez), tramam golpe sobre um francês tarado pela moça.
"Tive total liberdade, inclusive para citar nominalmente o Borghi e o Elcio", diz Bortolotto, 38. A direção é de Nilton Bicudo.
A terceira peça é "Numa Noite Qualquer", de Cabral, sobre um casal, Vantuir (Nogueira) e Vanderléia (Luah), que acorda na madrugada, sem sono, e deita o verbo sobre a relação. Eles se acariciam, se machucam, mas ficam na cama até o despertador tocar.
"É uma triste constatação do esgotamento do diálogo conjugal. A conversa até existe, mas seu sentido não", diz Cabral, 40. A direção também é de Bicudo. (VS)


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