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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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TRECHO

"Nunca não ser ninguém
nem nada,
porém deixar-se estar no
tempo
como se a vida fosse água,
como quem bóia à flor da
água
sem rumo, sem remo, sem
nada
além de sono, tédio e tempo,
senhor de todo o espaço e o
tempo,
munido só de pão e água
e, sem precisar de mais
nada,
beber sua água enquanto é
tempo.
E, depois, nada."

De "Macau", de Paulo Henriques Britto


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