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Bilheteria do longa foi de R$ 143 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Guarani" é o segundo longa-metragem dirigido por Norma
Bengell, 67. Em 87, ela havia realizado "Eternamente Pagu", sobre
a vida da escritora e jornalista Patrícia Galvão, que teve Carla Camurati no papel-título.
Uma disputa relacionada à autoria do roteiro e ao pagamento
de direitos autorais marcou a produção de sua estréia na direção.
O elenco de "O Guarani", adaptação do clássico homônimo de
José de Alencar, tem Márcio Garcia e Tatiana Issa nos papéis de
Peri e Ceci. O filme, que teve orçamento de R$ 3 milhões, foi lançado em 96 e registrou 24.524 espectadores, arrecadando R$ 143 mil
com a venda de ingressos.
Bengell inscreveu o filme na seleção do título nacional que seria
apresentado à Academia de Artes
e Ciências Cinematográficas de
Hollywood para concorrer à indicação do Oscar de melhor filme
estrangeiro.
Com a vitória de "Tieta do
Agreste", de Cacá Diegues, a cineasta levantou polêmica, acusando a existência de lobby em favor do filme ganhador.
Carreira
A carreira de Norma Bengell no
cinema começou em 59, com "O
Homem do Sputnik", dirigido
por Carlos Manga. Mas foi com
"Os Cafajestes", realizado dois
anos mais tarde por Ruy Guerra,
que a atriz ganhou notoriedade,
ao protagonizar o primeiro nu
frontal do cinema brasileiro.
A filmografia de Bengell como
atriz inclui mais de 40 títulos,
além de participações em produções televisivas. "A Idade da Terra", de Glauber Rocha, "Noite Vazia", de Walter Hugo Khouri, e "O
Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, são algumas das
obras de destaque das quais participou. "Vagas para Moças de Fino
Trato" (93), de Paulo Thiago, é relacionada como a sua mais recente atuação como atriz no cinema
nacional.
Outro lado
Até o fechamento desta edição,
a Folha tentou ouvir Norma Bengell e a advogada que a representa
no processo de "O Guarani", no
Rio de Janeiro. Em ambos os casos, não obteve retorno dos recados deixados.
(SA)
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