São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002

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Bilheteria do longa foi de R$ 143 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

"O Guarani" é o segundo longa-metragem dirigido por Norma Bengell, 67. Em 87, ela havia realizado "Eternamente Pagu", sobre a vida da escritora e jornalista Patrícia Galvão, que teve Carla Camurati no papel-título.
Uma disputa relacionada à autoria do roteiro e ao pagamento de direitos autorais marcou a produção de sua estréia na direção.
O elenco de "O Guarani", adaptação do clássico homônimo de José de Alencar, tem Márcio Garcia e Tatiana Issa nos papéis de Peri e Ceci. O filme, que teve orçamento de R$ 3 milhões, foi lançado em 96 e registrou 24.524 espectadores, arrecadando R$ 143 mil com a venda de ingressos.
Bengell inscreveu o filme na seleção do título nacional que seria apresentado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para concorrer à indicação do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Com a vitória de "Tieta do Agreste", de Cacá Diegues, a cineasta levantou polêmica, acusando a existência de lobby em favor do filme ganhador.

Carreira
A carreira de Norma Bengell no cinema começou em 59, com "O Homem do Sputnik", dirigido por Carlos Manga. Mas foi com "Os Cafajestes", realizado dois anos mais tarde por Ruy Guerra, que a atriz ganhou notoriedade, ao protagonizar o primeiro nu frontal do cinema brasileiro.
A filmografia de Bengell como atriz inclui mais de 40 títulos, além de participações em produções televisivas. "A Idade da Terra", de Glauber Rocha, "Noite Vazia", de Walter Hugo Khouri, e "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, são algumas das obras de destaque das quais participou. "Vagas para Moças de Fino Trato" (93), de Paulo Thiago, é relacionada como a sua mais recente atuação como atriz no cinema nacional.

Outro lado
Até o fechamento desta edição, a Folha tentou ouvir Norma Bengell e a advogada que a representa no processo de "O Guarani", no Rio de Janeiro. Em ambos os casos, não obteve retorno dos recados deixados.
(SA)



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