da Equipe de Articulistas

Depois de fazer a crônica da Cinelândia, João Máximo prepara-se agora para contar a história de dois outros locais míticos do Rio de Janeiro: o Maracanã e a Lapa.
Até julho ele deve entregar à editora DBA um livro sobre "o maior estádio de futebol do planeta", criado em 1950 para abrigar a Copa do Mundo daquele ano.
"Será um livro sobre a mitologia do estádio, sobre os grandes dramas ocorridos lá", resume o autor. "Minha idéia é mostrar o Maracanã como grande templo do futebol. No livro não vai ter papa, nem Xuxa, nem Frank Sinatra."
O livro sobre a Lapa deverá ser publicado no ano que vem, com apoio da mesma Petros que patrocinou "Cinelândia - Breve História de um Sonho".
"A Lapa sempre foi vista como o "bairro do pecado", o local da boemia mais barra-pesada, embora a barra lá fosse até leve em comparação a certos bairros cariocas de hoje", define João Máximo.
"Se a Cinelândia tem mais encanto, mais charme, a Lapa tem mais drama", compara o escritor. "A Cinelândia exigia um tratamento mais próximo da crônica. A Lapa exige uma abordagem mais próxima do romance."
Segundo Máximo, seu livro sobre a Lapa será centrado no drama de personagens característicos do bairro, que até os anos 50 era povoado por boêmios, sambistas, malandros, cafetões e prostitutas.
João Máximo, que trabalha para o jornal "O Globo", é autor de vários livros sobre futebol e música popular, entre eles "Gigantes do Futebol Brasileiro" (com Marcos de Castro), "Noel Rosa - Uma Biografia" (com Carlos Didier) e "João Saldanha". (JGC)


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