São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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JUBILEU PUNK

Divulgação
O Sex Pistols em cena do documentário "O Lixo e a Fúria", sobre a história da banda, que é exibido hoje no Cinusp (SP), na mostra "Rock and Roll"



Proibida em 77, "God Save the Queen" completa 25 anos e ajuda o Sex Pistols a faturar com relançamento, show e até remix para as pistas; Malcom McLaren, ex-empresário, recorda passado punk da banda


CLAUDIA ASSEF
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando foi lançado, em 27 de maio de 77, o single "God Save the Queen", do Sex Pistols, chocou a Inglaterra, que comemorava o jubileu de prata da rainha.
O hino punk -que trazia na capinha uma ilustração de sua majestade com um alfinete atravessado no lábio- foi banido das rádios. E os Pistols viravam assim símbolo de transgressão.
O aniversário de 25 anos de "God Save the Queen" choca por outro motivo. É só atentar para a enxurrada de eventos e lançamentos caça-níqueis a que os Pistols, agora grisalhos e conformados com o sistema, se propõem.
No relançamento do single, que traz na letra altos insultos à rainha ("ela não é um ser humano/ela te transformou num babaca"), agora há uma versão dance, remixada por Neil Barnes, ex-Leftfield.
Em vez de banida das comemorações do jubileu de ouro da rainha, a nova versão foi tocada à exaustão em rádios e alto-falantes espalhados por Londres. Sinal dos tempos, ser punk agora pode.
E os Pistols querem faturar grande. Têm show marcado para 27 de julho, no Crystal Palace, em Londres. E acabam de lançar uma caprichada caixa com três CDs, que incluiu livreto, demos, raridades -o mimo custa US$ 70 na internet. No Brasil, a EMI lança em julho "Jubilee", coletânea com 20 músicas. Sinal dos tempos, faturar com o punk agora pode.



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