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Texto mantém TV 'educativa'
da Reportagem Local
Da adoção do "v-chip", mecanismo que permite aos pais censurar programas no aparelho de
casa, à definição do formato norte-americano para TV digital, o
anteprojeto trata de quase tudo
relativo à radiodifusão no Brasil.
Mas é o modelo que prescreve para TV pública que promete questionamento mais ruidoso.
A polêmica surgiu antes mesmo
de vir a público o esboço elaborado no ministério. Jorge da Cunha
Lima, presidente da Fundação
Padre Anchieta e da Associação
Brasileira das Emissoras Públicas
Educativas e Culturais (Abepec),
afirmou, em maio: "Não aceitaremos, nem a TV Cultura nem as
TVs públicas do Brasil, que a (nova) lei se inebrie no farisaísmo ou
no engessamento da sucata ditatorial do antigo Código Brasileiro
de Comunicações".
Para o advogado Fernando Fortes, que é consultor jurídico, entre
outras, da TV Cultura, o anteprojeto faz mais: "É pior do que o texto do regime militar".
São definidas modalidades de
radiodifusão (comercial e não-comercial) e subcategorias para
não-comercial (educativa, institucional e comunitária). "A TV
comercial deixa de ter finalidade
educativa, o que é inconstitucional", diz Fortes, citando diversos
artigos. "Só teria essa finalidade a
TV chamada de "educativa". Não
educativa e cultural. Educativa no
sentido estrito."
Por outro lado, aponta o advogado, o anteprojeto libera as TVs
educativas para a veiculação de
propaganda comercial, uma insistente reivindicação de Jorge da
Cunha Lima.
(NS)
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