especial para a Folha

A idade da Orquestra do Concertgebouw de Amsterdã -110 anos- é menos impressionante que a impecável qualidade artística construída ao longo do período.
Sediada em uma das melhores salas de concerto do planeta -a Concertgebouw, que lhe empresta o nome-, a orquestra, atualmente com 115 integrantes, foi fundada por Willem Kes.
Mas foi no período sob a direção de Willem Mengelberg (1895-1945) que consolidou sua reputação internacional.
Mengelberg equiparou a orquestra às melhores do continente europeu e implantou uma tradição interpretativa nas obras de Mahler e Strauss que dura até hoje.
Porém, por ter regido na Alemanha nazista, caiu em desgraça após a Segunda Guerra Mundial, sendo sucedido por Eduard van Beinum (1945-1959) e Bernard Haitink (1963-1988).
Paternalista, Haitink sempre defendia os músicos da orquestra das ameaças de demissão e firmou no mercado fonográfico o nome da Concertgebouw como sinônimo de qualidade.
Mas acabou brigando com a direção da orquestra, o que motivou, em 1988, a escolha de Riccardo Chailly para sucedê-lo.
Para muitos, Chailly não tem o mesmo talento artístico de seus antecessores. Mas o regente italiano tem pelo menos dois pontos a seu favor: aumentou o público dos concertos da orquestra e conseguiu dar prosseguimento à sua sólida tradição de gravações. (IFP)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice