São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997.

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Déficit em 96 aumentou

da Reportagem Local

A decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e da Secretaria de Direito Econômico (SDE) não são as únicas dores de cabeça de Luis Sérgio Vieira da Silva, superintendente nacional do Ecad.
O órgão enfrenta problemas com um déficit que vem aumentando nos últimos meses.
O balanço de 1996 ainda não foi fechado, mas, segundo o superintendente, o déficit deve chegar a cerca de R$ 8 milhões. Só no ano passado o déficit ultrapassou a barreira dos R$ 5,4 milhões.
``Como não ter déficit? Só mágico pode fazer diferente. Mas temos que chegar a um ponto de equilíbrio em que, se não podemos arrecadar, vamos ter que cortar despesas para viver com a nossa taxa de administração'', diz Vieira da Silva.
Para ele, a inadimplência e a modernização do órgão são as principais razões que explicam o déficit.
Nos últimos anos, o Ecad contratou uma auditoria interna e está informatizando suas principais centrais arrecadadoras. ``O Ecad resolveu moralizar seus processos'', diz Vieira da Silva.
No caso de inadimplência, ele reclama que as TVs a cabo e por assinatura nunca pagaram qualquer centavo relativo a direito autoral. Respondem a 42 processos. E os cinemas estão brigando há cinco anos na Justiça para não pagar.
Não são os únicos inadimplentes. Segundo ele, as redes Manchete, Record e CNT não pagam e estão sendo acionadas.
``O Ecad gasta dinheiro tendo que contratar advogados e montando esquemas de controle.'' (LAR)

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