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Atriz diz que não crê no sonho americano
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com seu rebolado sensual
em "A Última Ceia", Halle
Berry abocanhou o Urso de
Prata de Melhor Atriz no
Festival de Berlim, um passo
na batalha pelo Oscar. Foi lá,
antes de saber que seria indicada ao prêmio, que a Folha
entrevistou Berry.
Folha - É difícil conseguir
bons papéis como esse?
Halle Berry - Difícil é ser
mulher nos Estados Unidos,
especialmente no meu caso,
sendo negra. Em geral, bons
papéis são para os homens.
Folha - Você buscou não glamourizar o personagem?
Berry - Seu andar é uma
forma de determinar a personalidade, e ela é uma mulher batalhadora. É um personagem muito diferente de
mim. Mas descobri a personagem em mim mesma,
nunca acreditei no sonho
americano, tudo para mim
foi sempre difícil.
Folha - Há diálogos muito
duros com o filho, foi difícil?
Berry - Me preocupei com
forma de tratar a obesidade
do menino. Abracei muito
ele, dei muito carinho.
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