São Paulo, sexta, 22 de maio de 1998

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O ACERVO DE QUE EU GOSTO

Vanda Mangia Klabin, diretora-geral do Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio) - "Muitas obras do acervo do Masp me impressionam. Lembro-me muito das quatro estações do Delacroix, principalmente do "Inverno'. "O Negro Cipião', de Cézanne, tem uma pincelada rarefeita, cheia de claro-escuros, o "Madame Cézanne em Vermelho' também é muito expressivo. Também gosto do Velázquez, do Goya...".

Emanoel Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado - "Gosto muito das esculturas do Degas, mas, se tivesse que optar por uma obra, ficaria com aquelas que me impressionaram em meu primeiro contato com o acervo do museu, ainda na Bahia: as meninas do Renoir ("Rosa e Azul') e a tela do Zurbarán ("Aparição do Menino Jesus a Santo Antônio de Pádua').

Fábio Magalhães, diretor do Memorial da América Latina - "É um acervo que me agrada muito pois tem grandes obras, como "O Grande Pinheiro' e "Rochedos em L'Estaque', de Cézanne. Lembro-me ainda hoje da emoção que senti quando, ainda menino, meu pai me levou ao Masp e disse: "Isso é um Van Gogh'. Era "O Escolar'. Aquela imagem me impressionou. Hoje fico contente com o lançamento desse catálogo. Esse tipo de iniciativa é fundamental e, com certeza, fará sucesso no mundo inteiro".

Marcos Lontra, diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, em Recife - "Sempre gostei de Monet, e "Canoa sobre o Epte' é um dos meus favoritos, aquela composição, a canoa entrando pela tela...".

Heitor Reis, diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador - "Quando penso no acervo do Masp, uma tela do Portinari sempre me vem à cabeça. É "Retirantes', que remete à situação social do Brasil, algo que ainda não está resolvido".

Tadeu Chiarelli, curador-chefe do MAM-SP - "Gosto muito de uma pequena obra que é pouco conhecida: um estudo em óleo de Corot ("Jovem de Ombro Nu'). A tela tem uma sensibilidade e qualidade maravilhosas. É uma aula de pintura".

Daniela Bousso, diretora do Paço das Artes, em São Paulo - "Não visito o acervo do Masp há muitos anos, mas a obra que está mais fresca em minha memória é uma bailarina de Degas, que vi em uma mostra em Veneza".



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