São Paulo, sexta, 22 de maio de 1998

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TRECHO

Max - Collet, leia para mim outra vez a carta do editor-chefe.
Collet - Tenha paciência, Max.
Max - Ele poderia esperar até que eu estivesse morto e enterrado.
Collet - Ele vai muito antes de você.
Max - Como nós vamos viver sem estas crônicas,
Collet, sem o meu salário do jornal? Onde mais eu posso ganhar cem pesetas, Collet?
Collet - Max, outra porta se abrirá.
Max - A da morte: podemos cometer suicídio coletivo!
Collet - A mim a morte não assusta, mas nós temos uma filha, Max!
Max - E se Claudinita estiver de acordo com o meu projeto de suicídio coletivo?
Collet - Ela ainda é tão jovem!
Max - Os jovens também se matam, Collet!
Collet - Mas não por estarem cansados da vida. Trecho de "Luzes da Boemia"



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