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"Atlantis" recorre às formas clássicas para entrar na briga
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
Enquanto o mordaz e pitoresco
anticonto de fadas inteiramente
gerado por computadores transforma-se em mania nos Estados
Unidos, a Disney chega para fazer
frente ao monstro com "Atlantis -O Reino Perdido", um desenho
não musical, feito parte em animação tradicional, parte em computadores, com personagens de
traços clássicos, trama complicada e, por essas características, para muitos, fora de hora e lugar.
"Decidimos voltar às raízes e reviver o gênero de ação que Walt
criou nos anos 50; um épico da
aventura em forma de desenho
animado", disse o diretor Kirk
Wise à Folha, em Los Angeles.
Enquanto isso, os outros estúdios investiam em programas capazes de recriar as mais minuciosas expressões humanas ("Final
Fantasy"), em scripts mais simples e despretensiosos ("Pokemon") e em tramas sarcásticas e
irônicas ("South Park", "Shrek").
A fase pode não ser boa para o
estúdio de Walt, que recentemente anunciou a demissão de 4.000
funcionários e até dezembro de
2003 terá reduzido à metade seu
quadro de empregados, mas a especulação de que a Disney teria
deixado escapar seu toque de Midas é, certamente, exagerada. Afinal, não podemos esquecer que
estamos falando do estúdio que,
entre outras coisas, lucrou US$ 1
bilhão com "O Rei Leão".
No fim de semana de lançamento nos Estados Unidos, "Atlantis",
que, segundo especulações, custou mais de US$ 80 milhões, arrecadou apenas US$ 20 milhões em
bilheteria, contra os quase 50 de
"Shrek", projeto de 60 milhões.
Se "Atlantis" não for o "blockbuster" que o estúdio do Mickey
esperava, "Monsters, Inc", que
chega às telas americanas em novembro, a julgar pelos primeiros
números de "Atlantis", será a única esperança de contra-ataque da
Disney.
(ML)
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