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Livrarias têm boas coberturas de guerras
DA REPORTAGEM LOCAL
Livros como os de Luís
Edgar de Andrade e Rosely
Forganes deveriam ser leitura obrigatória em escolas de
jornalismo.
Andrade viveu a época áurea do jornalismo de guerra.
As forças armadas dos EUA
no Vietnã davam transporte,
alojamento e comida aos
correspondentes.
Graças ao forte impacto
dessa cobertura na opinião
pública desde então os militares têm procurado limitar
o acesso do jornalista ao
campo de batalha.
Ironicamente, o livro que é
citado como boa descrição
da atividade do correspondente de guerra procura
mostrar que este sempre falha na tarefa: "A Primeira
Vítima", do australiano Phillip Knightley (de 1975, editado no Brasil em 1978).
Knightley nunca cobriu
um conflito. Por isso não entende que o correspondente
nunca consegue ter toda a
"verdade", que no máximo
pode obter uns pedaços do
quebra-cabeças.
Para avançar sobre as opiniões de Knightley seria conveniente que o leitor brasileiro pudesse ler o livro de Hastings, "Going to the Wars"
("Indo às Guerras"), um verdadeiro guia de como cobrir
um conflito.
Outro excelente livro está
disponível em português:
"Ao Vivo do Campo de Batalha" (Editora Rocco, 1994),
as memórias do neozelandês
Peter Arnett.
Ele não foi de todo honesto
ao dizer que estava sozinho
em Bagdá em 1991 e depois
se envolveu na falsa divulgação de que os EUA teriam
usado armas químicas na
Indochina. Mas foi certamente o repórter que mais
visitou campos de batalha
do Vietnã.
Arnett foi, junto com David Halberstam e Neil Sheehan, um dos que primeiro
enxergaram os erros da intervenção americana no
Vietnã. Justamente por isso
os três foram objeto de outro
livro importante, "Once
Upon a Distant War" ("Era
Uma Vez uma Guerra Distante"), de William Prochnau, de 1995.
(RBN)
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