São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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MÔNICA BERGAMO

Christian von Ameln/Folha Imagem
"Cai, alcinha", torcia Gustavo Spinato ao lado de Roberta Melara


Disque PT

O PT está investigando documentos que mostrariam que pelo menos duas centenas de telefones teriam tido o sigilo quebrado ao longo das investigações da morte do ex-prefeito Celso Daniel, a pedido da Polícia Federal. As quebras teriam acontecido sob o argumento genérico de que os terminais serviriam para "contatos de organizações criminosas" com o narcotráfico.

A papelada chegou anteontem às mãos do partido, que está checando cada número. Já foram encontrados telefones de autoridades da Prefeitura de Santo André. O PT desconfiava que até a cúpula em São Paulo tinha sido legalmente grampeada. Mas, numa primeira sondagem, nenhum número de figurão foi encontrado.

DISQUE PT 2
O partido vai tentar vincular as denúncias que explodiram agora -e que dizem respeito a outra investigação, sobre cobrança de propina, tocada pelo Ministério Público- e os documentos que está analisando para dizer que está sendo vítima de perseguição. Há um mês, José Dirceu, presidente do PT, procurou Miguel Reale Jr., ministro da Justiça, para reclamar de movimentação da PF em SP.

DISQUE PT 3
Reale Jr. ouviu a PF e concluiu que não havia investigação sobre o PT. O Ministério da Justiça não pretende mais se manifestar sobre o tema.

MELADO
Alda Marcoantonio pode concorrer ao governo de São Paulo pelo PMDB. Tudo vai depender de Orestes Quércia ser ou não o candidato do partido.

Quércia sonhava em se lançar ao Senado numa aliança informal com o PT. Como Aloizio Mercadante, também candidato, resistiu, o ex-governador está avaliando a melhor alternativa para participar das eleições.

BOLA FORA
Os executivos do estaleiro Jurong, de Cingapura, que venceu a licitação de US$ 250 milhões para construir a plataforma P-50, da Petrobras, ficaram irritados com as manifestações de metalúrgicos favoráveis à entrega da obra para o consórcio concorrente, Fels/Setal. O grupo está considerando a possibilidade de construir a plataforma no exterior.

SÓ LÁ
Carolina Ferraz está entrando de cabeça no mercado internacional. Ela embarca hoje para Los Angeles, onde termina a gravação de um curta-metragem. Ela é a protagonista do filme, ainda sem nome, que será exibido exclusivamente para o público americano.

GRINALDA
A procura por vestidos de noiva na loja da brasileira Jussara Lee, em Nova York, teve uma alta de 100%, contabiliza a estilista. O súbito aumento se deveu a uma citação sobre ela na edição especial de noivas da "New York Magazine".

HALTERES
A apresentadora Angelita Feijó vai ser a garota-propaganda da academia Bio Ritmo, em SP. Sua boa forma poderá ser vista em outdoors e revistas a partir de agosto.

EUROPA, AÍ VOU EU
Woody Allen, ao que tudo indica, vai se mudar de Nova York -cidade pelo qual ele sempre se declarou apaixonado e costuma homenagear em seus filmes. O destino de Allen, de sua mulher, Soon-Yi, e dos filhos do casal ainda está indefinido.

Ela prefere Paris, e ele quer ir para Veneza.

bergamo@folhasp.com.br

Com CLEO GUIMARÃES
E FÁBIO DE OLIVEIRA

CURTO-CIRCUITO

Duas mesas-redondas hoje no MAM discutem as mostras em cartaz no museu: a primeira, às 11h, será coordenada por Maria Alice Milliet, curadora da Coleção Nemirovsky, e a segunda, às 14h, fica a cargo de Ariel Jimenez, curador da Coleção Cisneros.
A designer de jóias Adriana Bittencourt acaba de trazer de Paris 200 colares africanos, com detalhes de madrepérola, coral, turquesa e marfim.
A peça "A Casa Antiga", dirigida por Ruy Cortez, fica em cartaz até 14 de julho na Oficina da Palavra - Casa Mário de Andrade.
Com shows de Oswaldo Montenegro, Kátia Teixeira e Irmãs Galvão, é hoje a abertura da festa junina do Sesc Santo Amaro, a partir das 14h.

PROPAGANDA

Leãozinho

Premiada com o Leão de Ouro em Cannes pela campanha do gel KY, da Johnson & Johnson, a agência de publicidade DPZ é acusada pela McCann-Erickson (que detém a conta do KY) de ter feito uma "campanha fantasma" -ou seja, de um cliente que não é seu, e com anúncios que não foram publicados- para abocanhar o prêmio, um dos mais importantes da área. O fato não é inédito, mas a briga está esquentando a discussão sobre a validade dessa prática.

Percival Caropreso, diretor-geral da McCann

Folha - É normal agências criarem campanhas para clientes que não são seus?
Caropreso
- Que existem peças-fantasmas criadas especificamente para Cannes todo mundo sabe. Mas uma agência criar campanha para o cliente de uma outra agência, eu nunca ouvi falar. É um desrespeito.

Folha - Vocês pretendem tomar alguma atitude?
Caropreso
- Não vou rodar a baiana porque este caso é patético. Eles é que têm que se pronunciar.

Roberto Duailibi, sócio-diretor da DPZ

Folha - A DPZ criou campanha com cliente de outra agência?
Duailibi
- Isso tudo é uma grande bobagem, não tem importância. Não sei porque eles estão fazendo todo esse Carnaval. A campanha foi feita por jovens de talento excepcional.

Folha - Mas a marca para a qual a sua agência fez a campanha premiada é mesmo da McCann?
Duailibi
- É. Mas e daí? Achei o comunicado da McCann (sobre o assunto) vulgar e deselegante. O mercado só fala disso.



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