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POLÍTICA CULTURAL
Titular da Cultura descarta sair na reforma ministerial
Gil diz que será mantido no cargo
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Cultura, Gilberto
Gil, afirmou que não sairá do governo na reforma ministerial que
o presidente Lula da Silva iniciou
anteontem, com a indicação de
Dilma Rousseff para a Casa Civil.
Gil disse, no entanto, que está
"pronto para sair desde o primeiro dia". O ministro fez as declarações após visitar a quadra da escola de samba Nenê da Vila Matilde,
em São Paulo, anteontem.
"Todo ministro tem que estar
pronto para sair na hora que for
necessário", disse. Questionado
se ele deixaria o cargo na atual reforma, afirmou: "Eu não".
Depois de reafirmar sua permanência no ministério, Gil voltou a
abordar a escassez de verba destinada à sua pasta.
"Já faltavam recursos, pelo corte
de 57% [do orçamento 2005 do
MinC, feito pelo governo]. Além
disso, os repasses do que ainda temos direito estão sendo prejudicados pela crise [política]."
A influência da crise na liberação do orçamento do ministério,
segundo Gil, se deve a que "todo o
mundo político está atarefado
com a administração da crise. Outras questões tendem a retardar".
Uma fonte do ministério informou à Folha que Gil não tem conseguido falar com o ministro Antonio Palocci (Fazenda) para pedir a liberação de seu orçamento.
Na quadra da Vila Matilde, o
ministro acompanhou apresentação de um projeto para o qual a
escola solicita do Ministério da
Cultura autorização para captar
R$ 10,5 milhões com benefício da
Lei Rouanet (de renúncia fiscal).
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