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Montagens geram
controvérsia
especial para a Folha
As novas montagens de
óperas clássicas tem causado controvérsia e alimentando a crítica presente ao
19º Festival de Salzburgo.
Logo na estréia a ópera
mozartiana "Rapto no Palácio" apresentou uma versão totalmente voltada para
as problemáticas contemporâneas.
Também foi assim com a
esperada "A Flauta Mágica", de Mozart, dirigida
por Achim Freyer. Surgiram no palco figuras e apetrechos circenses, numa
adaptação jamais feita em
palcos austríacos nobres.
Para espanto geral, o par
Tamina e Pamino aparece
em vestes de Pierrot e Colombina. Palhaços melancólicos invadem a cena.
Nem mesmo a dupla Papageno e Papagena caçando
passarinhos num triciclo
consegue provocar riso da
platéia, tão desejado por
Mozart em sua comédia.
Mas justiça seja feita: como contrapeso à encenação
pouco convincente, a música nada deixa a desejar. Os
atores esmeram-se no canto de cada ária, acompanhados da Orquestra Filarmônica de Viena, sob a regência do maestro húngaro
Christoph von Dohnányi.
(RK)
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