|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ERIKA PALOMINO
CHEMICAL BROTHERS TOCA DE VOLTA PARA O SÉCULO 20
E o Chemical Brothers, hein? No
show deles, anteontem em São
Paulo, eu me senti numa máquina
do tempo, transportada não apenas para outra década, os anos 90,
como para outro século, o passado!!!! E, como eu estava aqui na
pista deles em 1999, quando da
primeira (e incrível) vinda do duo
ao Brasil, e eu já estava bem lá batendo pé com "Song to the Siren",
em 92, para mim tudo ficou com
cara de revival.
Mas este show do Pacaembu
não foi feito para os véios da cena.
Foi feito para aqueles que chegaram agora, para a nova geração
(tanto que a censura era 13 anos).
E para aqueles que podiam gastar
R$ 90 no ingresso, claro. Os neoclubbers, esses que descobriram
música eletrônica com o Skol
Beats (o primeiro foi em 2000),
aproveitaram para se jogar nas
batidas pesadas e viajantes dos
Chemical. E esses gostaram. Mesmo com o som meio baixo, o telão
meio gongado, o VIP meio chocho, o estádio meio vazio. Pensando em tentar agradar todo
mundo, os Chemical abriram
com o hit "Hey Boy, Hey Girl"
(1999) e tocaram clássicos como
"Surrender", "Setting Sun", "Out
of Control", "Block Rockin"
Beats" e ainda "Music: Response"
e "Golden Path".
Uma das novas tocadas foi a tal
"Acid Children", bem mais pesada e meio trance, ilustrada por
uma bizarra palhaçada do mal
nos telões. Mas não achei um
grande show, não. Achei meio arrastado, sem emoção. E olha que
no meio da noite a gente conseguiu se enfiar ali na frente, tipo na
terceira fila, onde o som era bem
mais alto. Foi o momento mais
bonito, psicodélico, com flores
nos telões, ao som de "Star Guitar". De olhos fechados, fui transportada e senti um clima bom de
amor. Valeu o show. "Love is all",
eles escreveram. Confirmou.
MERLINO E NEON EM NOVA LOJA HYPE
Queria comprar roupas das
marcas hype Lorenzo Merlino e
não sabia onde? E os biquínis da
Neon? E os novíssimos A Monstro, Raquel Uendi e Depeyre,
destaques do Hot Spot? Pois
agora todas essas marcas estão
na Oui, dos estilistas Melissa e
Julien Depeyre. O espaço inaugura na segunda, funcionando
no andar térreo do imóvel, que
abriga a casa da dupla e ateliê.
Por conta disso, a porta fica fechada, mas é só tocar que eles
abrem: r. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto , 415, tel. 0/xx/11/3083-6603. Na vitrine/fachada, adesivos fashion de Rick Castro.
CAMISETA DE BANDA COM CARA NOVA
Quem gosta de rock e de camiseta de banda, mas não tem saco de ir nas Grandes Galerias
comprar, pode se jogar na nova
linha de camisetas Vinil. Tem
do Depeche Mode, New Order,
Sonic Youth, Flaming Lips,
Siouxsie and the Banshees e
The Cure, mas sempre inéditas
e trabalhadas, nunca com ilustrações que já tenham sido usadas pelas bandas em si. A idéia é
ótima e as vendas rolam pela internet (www.garagem.net/vinil). A iniciativa é do casal
Paula Bertone (ex-assistente de
André Lima) e André Barcinski,
roqueiro de primeira, jornalista
e também organizador das festas Circuito. A campanha tem
personalidades da cena noturna de São Paulo, como Borderlinerz, Bezzi e Ana & David
PET. Bem legal.
TIGA VEIO, MAS NEM VALEU, NÉ?
Há um tempão está se falando
da vinda do produtor e DJ canadense Tiga ao Brasil. Pois não é
que ele veio nesta semana para
duas festas no Rio de Janeiro e
em São Paulo? Pouca gente viu.
Como os eventos foram promovidos por uma marca de cigarros, havia milhões de restrições sobre publicidade e cobertura de imprensa. Assim, as festas não puderam ser divulgadas, e os convidados foram sorteados entre os inscritos no
mailing da empresa.
Mas vamos combinar que, apesar de o Tiga ser um dos nomes
mais importantes do electro, ele
não chega a ser a pessoa mais
famosa do planeta. Resultado: o
coitado tocou para um público
bizarro, em que muitos nem sabiam quem era "esse tal de Tigra". Bom, a gente apurou que
ele tocou Pet Shop Boys, Technotronic e Daft Punk, um bootleg de "She Sells Sanctuary", do
The Cult, com a deliciosa baba
"Bucci Bag", do Andrea Doria, e
um que juntava os clássicos
"Sunglasses at Night", dele com
Zyntherius, com "Blue Monday", do New Order.
Na minha modesta opinião, para esse tipo de coisa, a expectativa é fundamental. Muda toda a
energia de uma festa quando ela
é esperada, quando as pessoas
ficam cem anos falando da atração principal, disputam o ingresso, falam com os amigos e
assim por diante. Desse jeito,
ninguém ganha, eu acho.
E perde ainda mais a grande
massa que deixa de ter a oportunidade de comprar o ingresso
para ver um nome bacana. Já
rolou isso um pouco com o
Moby no Rio, né? Trazido pela
Diesel, ele encantou apenas os
convidados da marca, no mês
passado. Mas esses eram 2.000
pessoas -e felizmente eu estava incluída, porque a festa foi
linda. Conclusão: alguém pode
fazer o favor de trazer o Tiga de
novo ao Brasil?
JEANS PREMIUM GANHAM LOJA NO IGUATEMI
As marcas de jeans mais badaladas do momento no Planeta
Fashion vão estar à venda numa
loja que vai abrir dia 4 de novembro no shopping Iguatemi,
em São Paulo, naquela nova ala
que terá a Dolce & Gabbana. A
loja se chama Premium Jeans e
terá linhas femininas e masculinas da Seven, Paper -que já
são mais manjadas-, Citizens
of Humanity (dissidência da Seven), Yanuk (que eu amo), Chip
& Pepper e a ótima Blue Cult.
Os preços também serão premium: o valor médio de cada
calça é R$ 800.
Colaborou Sergio Amaral, free-lance
para a Folha
na noite ilustrada...
Hoje tem o DJ e produtor Dan Ghenacia, da cena house francesa, na Freak Chic do D-Edge (ele é bem legal); o Pix reabre, depois de duas semanas fechado, com as DJs Paula e Ana Flávia na 1234U; no reduto indie Atari tem Pacmaniax especial Marilyn Manson; e no novo clube gay The Week (r. Guaicurus, 324, Lapa) tem X-Demente. Amanhã rola a segunda apresentação do DJ Escape, darling de Junior Vasquez, na Level; o DJ Bezzi, novo hype da cena indie, toca no Funhouse; no Jive tem a Viva el Roque com Lu Riot e Flávio Forgotten no som. No centrão tem a terceira edição da festa de máscaras De Olhos Bem Fechados (r. Mauá, 836, casas 24 e 26, Vila dos Ingleses, Estação da Luz). No domingo, o clã do rock se joga no Grind, na Lôca; e para quem quer hip hop tem a ótima noite black do Lov.e, com DJs Milk e Lala. No D-Edge, rola a The Bass, de drum'n'bass, com Marnel e Kléber Port. No mesmo clube, na segunda, Igor Cavalera e Magal são os convidados de João Gordo na On the Rocks
Texto Anterior: Política cultural: Tribunal barra uso de verba pública em filmes "invisíveis" Próximo Texto: Barulho: Show incomoda moradores do Pacaembu Índice
|