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Xul Solar criou novas línguas
da Reportagem Local
Nem Tarsila nem Portinari. O artista homenageado da 1ª Bienal do
Mercosul é um nome praticamente desconhecido dos brasileiros.
Xul Solar era argentino, mas defendia uma unidade latino-americana a partir de um pan-nacionalismo sem dominantes ou dominados. Nasceu em Buenos Aires,
em 1887, e retirou seu nome artístico da leitura fonética dos sobrenomes do pai (Schulz) e da mãe
(Solari). O nome "Xul" ganha ainda mais conceito ao ser lido de trás
para a frente. Lux é luz.
Xul Solar era um erudito, amigo
do escritor Jorge Luis Borges e interessava-se pelos mais diversos
ramos do conhecimento, como religião, mitologia, cabala judaica,
astrologia e outros. Escrevia em
seis línguas, além de latim, grego e
sânscrito.
Adepto de um sincretismo místico, religioso e também linguístico,
criou duas línguas ("panlengua"
e "neocriollo") e coalhou seus trabalhos (geralmente aquarelas, sua
técnica preferida) de símbolos
esotéricos e místicos. A escada,
que simboliza a ascensão, e a serpente, símbolo da sabedoria, são
os dois elementos mais recorrentes em sua obra.
(CF)
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