São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 2002

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FESTIVAL DE BRASÍLIA

"Lua Cambará" estréia hoje na competição

DA REPORTAGEM LOCAL

O 35º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro entra hoje em seu terceiro dia de competição, com a exibição do candidato cearense "Lua Cambará -°Nas Escadarias do Palácio", de Rosemberg Cariry.
Inédito no Brasil, o filme foi apresentado na semana passada no festival de Calcutá, Índia.
Para a noite de ontem estava programado "Desmundo", de Alain Fresnot, um dos dois candidatos paulistas na categoria longas em 35 mm, que tem seis concorrentes no total.
Além dos já citados, competem "Cama de Gato", de Alexandre Stockler (SP), "Amarelo Manga", de Cláudio Assis (PE), "Dois Perdidos numa Noite Suja", de José Joffily (RJ), e "A Festa de Margarette", de Renato Falcão (RS).
"Cama de Gato" abriu a disputa, na noite de quarta, e dividiu a platéia do Cine Brasília. Ao final da projeção foram ouvidos tanto aplausos quanto vaias. "Não é questão de gostar ou não gostar, mas acho que ninguém vai sair apático", disse a atriz Rennata Airoldi, ao subir ao palco ao lado do diretor Alexandre Stockler.
O ator Rodrigo Bolzan citou a "sinistra coincidência" de aspectos do filme, gravado em 2000, "com episódios reais e recentes acontecidos em São Paulo", numa referência ao assassinato do casal Richthofen.
Em "Cama de Gato", três jovens paulistanos estupram uma garota, provocam um acidente fatal com a mãe de um deles e arquitetam um plano para ocultar as mortes, livrando-se dos corpos. "A gente só queria se divertir" é o bordão da turma. Em alguns diálogos os personagens citam fatos da crônica policial de Brasília: o atentado contra o índio Galdino e o estupro por Paiakan.
O coordenador do festival, Fernando Adolfo, disse à Folha que, por seu apelo ao público jovem, "Cama de Gato" tinha potencial para se tornar um filme comentado durante toda a semana da mostra. Daí sua escalação no primeiro dia de competição.
Os vencedores do 35º Festival de Brasília serão conhecidos na próxima terça, numa solenidade de premiação no Teatro Nacional. (SA)


A jornalista Silvana Arantes viaja a convite do festival

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