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Falabella quer mais espectadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Miguel Falabella ainda está esquadrinhando seus planos para o
cargo de gestor da rede municipal
de teatros no Rio, mas quer alinhar sua incursão pela administração pública a "um Brasil que
tenta respirar".
Explica: "Tentarei colocar em
prática propostas de usar o dinheiro público do teatro basicamente para a população. A ocupação das salas do Rio é baixa, de
apenas cerca de 34% dos lugares."
Já sabe, por exemplo, que reativará projeto de levar alunos das
escolas públicas aos teatros que
comanda. O orçamento da rede
municipal é de R$ 9 milhões.
Falabella participou anteontem
da primeira reunião com a comissão de artistas, cuja representante
é a diretora Celina Sodré, e com o
secretário das Culturas, Ricardo
Maciera. "A princípio, não vou
substituir nenhum dos diretores
que já trabalham na rede", diz Falabella, que afirma não ter se sentido "atacado" em nenhum momento com o barulho provocado
por sua nomeação.
Quanto à dicotomia teatro experimental versus teatro comercial, Falabella a ignora. "Não existe isso, ou é teatro bom ou é ruim.
Não há como transformar o Rio
em Broadway, mesmo porque
não temos know-how para isso,
não temos nem teatro que comporte", afirma.
Ele devota boa parte da sua formação ao grupo O Despertar da
Primavera, no início dos anos 80.
Contracenou com Maria Padilha,
Zezé Polessa e Daniel Dantas, entre outros. No próximo dia 7, estréia no Rio "Batalha de Arroz
Num Ringue para Dois", comédia
de Mauro Rasi na qual contracena
com Cláudia Jimenez.
(VS)
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