LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Totalmente na louca". Assim a atriz Taís Araújo conta ter decidido, há pouco mais de uma semana, viajar a Washington para tentar assistir à posse do presidente Barack Obama.
Primeira mocinha negra em uma telenovela brasileira cuja temática não era a escravidão - "Da Cor do Pecado" (Globo, 2004)- Araújo, 30, diz que sua intenção "era olhar para o rosto daquelas pessoas". "Além disso, por ser negra, eu me senti como um deles, como se Obama também fosse meu presidente, e sabia que aquele era um passo importante para a minha vida, a de meus filhos e netos."
Justamente por isso, a atriz se dispôs a escrever um artigo para a Folha a fim de "compartilhar a sensação de ver de perto o homem que o mundo espera ser o representante de um novo tempo". Araújo também aproveitou para "estrear" em uma nova carreira: a de jornalista. Atriz há mais de 15 anos, ela acaba de se formar em jornalismo na universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
Levou oito anos para completar o curso, interrompido por seus trabalhos nas novelas da Globo e no cinema.
Apresentadora do "Superbonita", do GNT, conta ter vontade de exercer a nova profissão.
"Gosto de reportagens, principalmente de comportamento", afirma. Mas, acostumada aos holofotes, diz preferir televisão a jornais impressos. "Mas gosto muito de escrever."
Araújo se exercita em diários e textos pessoais, mas não é adepta dos blogs na internet. "Acho que não tenho nada de importante para falar sobre o meu dia-a-dia. No caso da posse de Obama, senti vontade de compartilhar, por isso escrevi esse texto" Leia o relato de estreia da jornalista.


Texto Anterior: Brasil define nomes para Veneza
Próximo Texto: "Eu vi o homem que o mundo espera que defenda um novo tempo"
Índice