São Paulo, sexta-feira, 23 de fevereiro de 2001

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Estilista explora lado sinistro da infância

DA ENVIADA A LONDRES

"Quis explorar o lado sinistro da infância, ao mesmo tempo que a diversão", disse o estilista Alexander McQueen ao jornal "The Times", na edição de ontem. "Mostramos palhaços infantis como se eles fossem engraçados, mas eles não são, são assustadores. E toda a coisa foi uma metáfora do que eu tenho passado ultimamente." De fato, a pressão sobre McQueen é coisa de gente grande.
Insatisfeito com sua situação na Givenchy, onde seu contrato termina este ano, McQueen assinou no final de 2000 um acordo com o grupo Gucci, que detém 51% de sua marca. O estilista, entretanto, fica com a direção criativa e ganha -entre outras coisas- a possibilidade de abrir mais lojas em todo o mundo, expandindo seus domínios para além do território inglês, onde foi proclamado rei (ao menos foram as manchetes desta semana nos jornais).
McQueen parou em sua entrada, para receber a ovação da platéia de seu desfile, para cumprimentar somente um convidado na primeira fila: o empresário Domenico de Sole, CEO do grupo Gucci.
E, ao final, uma outra jogada de mestre: pegou os pés do esqueleto que a modelo arrastava como uma bola de ferro presa na perna e ainda fez um debochado passinho de dança, como se ele mesmo fosse um palhaço. Foi o último a rir. (EP)


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