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Mostra irrita governo
DE PARIS
Uma exposição em Roma celebra os anos gloriosos da cultura
italiana no século 20 e gera reclamações de membros do governo
a respeito do esquerdismo de seu
catálogo e da pouca presença da
história da direita na exibição.
"Roma 1948-1959: Do Neo-realismo à Doce Vida" ocupa o Palácio das Exposições, na Via Nazionale, até o dia 27 de maio. Dividida por períodos, abre com o esforço de reconstrução do país depois da Segunda Guerra.
É quando o cinema e a literatura
assumem a vanguarda da cultura
no país, formulando um novo
realismo, direto, brutal e politicamente atuante, capaz de expressar a vida no pós-fascismo, as sequelas da guerra, a pauperização e
os impasses da reedificação econômica e política.
A exposição vai até o boom econômico no fim dos anos 50, época
em que a cultura italiana se torna
uma referência internacional. A
expressão "dolce vita", consagrada pelo filme de Fellini de 1959,
serve de emblema ao que se passou. A Itália floresce como um
mundo cultural vibrante, no qual
convivem Visconti, Moravia, Pasolini, Antonioni, Fellini, Ungaretti. É também dona de um estilo
original, marcado pela elegância,
a inteligência, a ironia e o "joie de
vivre", que atrai artistas e celebridades de todo canto. Está tudo na
exposição em Roma, que inclui
até lambretas, apresentadas em
vários modelos históricos e que
ilustravam os filmes do período.
As artes plásticas ganham destaque com a exibição de obras de De
Chirico e Alberto Burri.
(ALN)
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