São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2005

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FILMES E TV PAGA

Anel Mágico
Record, 14h20.
  
(Johnny Mysto - Boy Wizard). EUA, 1996, 88 min. Direção: Jeff Burr. Com Toran Caudell. Jovem cujo sonho é se tornar um grande mágico recebe de presente o anel de Merlin, o mago da lenda do rei Arthur. O garoto vira de fato um grande mágico, até que o irmão desaparece. Fazê-lo reaparecer é a questão.

Gargantua
Globo, 15h50.
 
(Gargantua). EUA, 1998, 90 min. Direção: Bradford May. Com Adam Baldwin. Numa ilha da Polinésia, cientista estuda causas dos terremotos sobre a região. Logo descobrirá que os efeitos são grandiosos, no sentido Godzilla da palavra.

Milagre na Pista 2
SBT, 3h.
 
(Miracle Lane 2). EUA, 2000, 120 min. Direção: Greg Beeman. Com Frankie Muniz, Rick Rossovich. Menino com deficiência física grave, que o aprisiona em uma cadeira de rodas, aspira a repetir os êxitos atléticos do irmão. O título já mastiga o que virá depois. Feito para TV. Só para São Paulo.

Intercine
Globo, 2h10.

Para quarta, o espectador é chamado a escolher entre "Fronteira da Violência" (1982, de Tony Richardson, com Jack Nicholson, Harvey Keitel, Warren Oates) e "Robin e Marian" (Inglaterra, 1976, de Richard Lester, com Sean Connery, Audrey Hepburn, Richard Harris).

Cachorro Divino
SBT, 4h30.
 
(Oh, Heavenly Dog!). EUA, 1980, 103 min. Direção: Joe Camp. Com Chevy Chase. Terceiro filme da série "Benji", inaugurada nos anos 70 com direção do próprio Camp, o mais canino dos cineastas. Aqui, um detetive que é assassinado volta à Terra em pele de cachorro para investigar a própria morte. Só para São Paulo. (IA)

Glauber e seu oposto, Glauber

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Câncer" (Canal Brasil, 20h e 2h05) pode não ser o melhor dos filmes de Glauber Rocha, mas é um dos mais fascinantes.
Glauber sustentava que ele era o início do verdadeiro cinema marginal. Mas como? Se esse cinema era o contrário do cinema novo, isso significa que Glauber era Glauber e seu reverso.
Por complexa que seja a personalidade do realizador, isso é coisa difícil de acontecer. "Câncer" não quer ser cinema novo, mas é. Suas referências, suas preferências (políticas), tudo aponta para lá.
E por que Glauber faria questão de inventar o seu oposto? Isso fica para seus biógrafos. Mas a história do cinema é suja, muito suja, e por isso a obsessão de muitos é reservar seu lugar nela de qualquer jeito. Por exemplo, como antípoda de si mesmo.


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